O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse nesta quarta-feira (4/10) que seu governo está considerando derrubar o sigilo de uma lista de supostos nazistas que emigraram para o país depois da Segunda Guerra Mundial.
Seus comentários chegam depois de uma gafe diplomática no Parlamento, que, durante a visita recente do presidente ucraniano Volodimir Zelensky a Ottawa, homenageou um veterano ucraniano que havia lutado ao lado dos nazistas durante a guerra.
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Em 1986, uma investigação independente analisou as acusações de que mais de 800 criminosos de guerra nazistas entraram no país, mas seus nomes foram omitidos.
"Vamos assegurar que altos funcionários revisem o tema com bastante cuidado, investigando inclusive nos arquivos", disse Trudeau nesta quarta. "Eles farão recomendações aos ministérios pertinentes", acrescentou o primeiro-ministro.
Grupos da comunidade judaica têm feito pressão para que o relatório seja tornado público.
Jagmeet Singh, líder de uma pequena bancada no Parlamento, que apoiou a minoria liberal do governo de Trudeau, disse que é a favor de desclassificar os registros.
Outros, no entanto, sustentam que o Canadá conta com leis rigorosas sobre privacidade e advertiram que isto poderia reabrir feridas do passado.
Em setembro, durante a visita de Zelensky ao Parlamento canadense, o então presidente da Câmara dos Comuns, Anthony Rota, saudou como herói um imigrante ucraniano nonagenário, pedindo para ele uma salva de palmas.
Rota acabou renunciando após a revelação de que o veterano tinha servido em uma unidade militar relacionada com os nazistas.
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