O povo fala

"De maneira nenhuma. Repito... De maneira nenhuma podemos imaginar uma adaptação de nosso povo ao Azerbaijão e à cultura deles. É por isso que todos nós somos forçados a deixar a nossa terra. A comunidade internacional deve claramente perceber que o que ocorre agora nada mais é do que um deslocamento forçado."

David Ghahramanyan, repórter fotográfico, 32 anos, morador de Stepanakert refugiado em Goris (Armênia)

 

"Na minha opinião, os armênios jamais voltarão a Nagorno-Karabakh. Se isso ocorrer um dia, eles serão, no mínimo, tratados como cidadãos de segunda categoria. De acordo com a experiência que tivemos, com os pogroms (perseguições sistemáticas), os assassinatos e opressão vista na era soviética... O Azerbaijão não respeita os direitos humanos dos próprios cidadãos. O que diremos em relação aos armênios? Eu espero que o Azerbaijão se torne um grande país, para que todo mundo possa viver em paz."

Armen Yeganian, embaixador da Armênia em Brasília

 

"Uma atitude séria e extremamente paciente do governo do Azerbaijão de manter uma série de diálogos intensivos com a comunidade armênia indicou que algumas pessoas de Karabakh estavam dispostas a conversar e a continuar vivendo como se fizessem parte do Azerbaijão. A sabedoria e a justiça prevaleceram, 32 anos depois. Infelizmente, isso poderia ter acontecido muito antes. Assim, tanto a Armênia quanto o Azerbaijão não perderiam milhares de vidas, bilhões de dólares em armas, tempo e confiança."

Rashad Novruz, embaixador do Azerbaijão em Brasília 

 

 

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Arquivo pessoal - David Ghahramanyan, fotógrafo armênio de Nagorno-Karabakh
Arquivo pessoal - Armen Yeganian, embaixador da Armênia no Brasil