Um cidadão americano condenado na China em maio por espionagem teria planejado chantagens sexuais contra autoridades do país comunista para forçá-las a colaborar com Washington, informou o Ministério da Segurança do Estado nesta segunda-feira (11/9).
Nascido em Hong Kong, mas com nacionalidade americana, Shing-wan Leung, de 78 anos, foi condenado em maio à prisão perpétua, uma pena incomum para cidadãos estrangeiros na China.
Este ministério chinês, um dos principais órgãos de Inteligência do país, explicou nesta segunda que o homem foi recrutado pelos Estados Unidos na década de 1980 e tinha "uma carreira de 30 anos em espionagem".
De acordo com esta pasta, os serviços secretos americanos faziam-no se passar por um filantropo, enquanto pediam-lhe para espionar a diáspora chinesa e os funcionários de Pequim que visitavam os Estados Unidos.
"Quando tomava conhecimento de que as autoridades chinesas planeavam ir aos Estados Unidos para uma viagem oficial, informava isso às agências de Inteligência americanas", afirmou o ministério.
"Seguindo as ordens dos americanos, ele os levava para restaurantes, ou hotéis, onde as agências de Inteligência já haviam instalado material de vigilância".
Também tentava "obter informações ou pegar nossos funcionários por meio de chantagem sexual para tentar dominá-los e recrutá-los", disse a mesma fonte.
A lei chinesa pune severamente a espionagem, com penas que incluem prisão perpétua, ou execução.
Nos últimos meses, o presidente Xi Jinping reforçou as atividades de Inteligência, em particular com uma nova lei adotada em julho que amplia a definição de espionagem.
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