CATOLISCISMO

Mongólia, o destino curioso do papa, com pequena comunidade católica

O papa Francisco desembarcou na Mongólia nesta sexta-feira. O país ab uma pequena comunidade de católicos

Papa Francisco cumprimenta uma criança durante uma cerimônia de boas-vindas na Nunciatura Apostólica na Mongólia, em Ulaanbaatar, em 1º de setembro de 2023 -  (crédito:  AFP)
Papa Francisco cumprimenta uma criança durante uma cerimônia de boas-vindas na Nunciatura Apostólica na Mongólia, em Ulaanbaatar, em 1º de setembro de 2023 - (crédito: AFP)
AFP
postado em 01/09/2023 09:26 / atualizado em 01/09/2023 09:26

Uma democracia localizada entre Rússia e China, com um passado comunista e muitos recursos minerais. A Mongólia, onde o papa Francisco desembarcou nesta sexta-feira (1/8), tem uma comunidade muito pequena de católicos. 

Confira cinco fatos curiosos sobre a Mongólia:

Vizinho democrático da China 

A Mongólia é um país sem saída para o mar entre dois gigantes, Rússia e China, nações com as quais mantêm fortes vínculos econômicos. 

É uma ilha de democracia na região: a ONG americana Freedom House descreve o sistema político do país como "livre", embora esteja minado pela corrupção.

O presidente, eleito em 2021, é Ukhnaa Khurelsukh, ex-primeiro-ministro e membro do partido governante.

Apesar das divergências com os vizinhos, a Mongólia não entra em crise com estes países, pois 86% de suas exportações seguem para a China, metade delas carvão. 

O pequeno país também depende da Rússia, que fornece energia elétrica e diesel. A Mongólia não condenou de maneira direta a invasão russa da Ucrânia.

Riqueza mineral 

Uma terra tradicionalmente agrícola, o país registrou um forte crescimento econômico graças ao boom da mineração, que representou 25% do PIB em 2022. 

A Mongólia também é um grande exportador de cobre e minério de ferro. A capital, Ulan Bator, viu sua população multiplicar por quatro desde a década de 1990, assim como o número de arranha-céus na cidade.

A redução da pobreza, no entanto, estagnou nos últimos amos e persistem as grandes desigualdades econômicas. 

Desde 1992, a taxa de emprego das mulheres caiu de 72% para 53%, devido principalmente à falta de opções de cuidados para as crianças.

Passado comunista

Durante muito tempo na órbita da União Soviética, a Mongólia renunciou ao comunismo em 1992, quando adotou sua primeira Constituição democrática, dois anos após uma revolução.

Atualmente, alguns bairros ainda exibem um ar de nostalgia pelo período soviético. 

Mas o país se distanciou de seu passado comunista, derrubando as estátuas de Stalin e Lenin e optando por celebrar atualmente o herói nacional Gengis Khan, que liderou o império mongol no século XIII.

Vastas pastagens

Com apenas três milhões de habitantes, a Mongólia é uma terra de vastas pastagens na altitude. 

A população é tradicionalmente nômade e um terço dela ainda vive em comunidades de yurts.

As estepes da Mongólia abrigam o cavalo-de-przewalski, uma espécie rara e antiga que foi reintroduzida nos últimos anos por programas de conservação depois de ser praticamente extinto.

Minoria católica

A comunidade católica da Mongólia tem apenas 1.500 fiéis.

O budismo, proibido durante o regime comunista, ressurgiu nas últimas décadas e mais da metade dos moradores do país se consideram budistas, segundo os dados oficiais. 

Além disso, as práticas dos xamãs, com rituais tradicionais, continuam profundamente presentes.

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