Quatro pessoas foram detidas em Uganda pela prática de "atos homossexuais", anunciou nesta segunda-feira (21) a polícia deste país, que promulgou em maio uma lei contra a homossexualidade considerada uma das mais repressivas do mundo.
No sábado, as autoridades prenderam quatro pessoas, incluindo duas mulheres, em uma casa de massagens no distrito de Buikwe (leste), disse à AFP uma porta-voz da corporação.
"A operação policial foi realizada depois de uma mulher indicar que estavam ocorrendo atos homossexuais nesta casa de massagens", disse Hellen Butoto.
No final de maio, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, promulgou uma lei que prevê pesadas penas para pessoas que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo e "promovem" a homossexualidade.
O crime de "homossexualidade agravada" é punível com a pena de morte, uma sentença que não é aplicada há anos no país.
A lei gerou uma onda de indignação por parte da ONU, de direitos humanos e de vários países ocidentais.
A nova legislação foi amplamente apoiada em Uganda, país de maioria cristã e conservadora. Os deputados consideraram que o texto era necessário para enfrentar o que chamam de "imoralidade do Ocidente".
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