ARGENTINA

Papa diz que canção 'Solo le pido a Dios' é como uma oração universal

A música foi entoada pelo músico León Gieco, para Francisco, durante evento religioso na Argentina. O papa entrou no salão caminhando com a ajuda de uma bengala

O músico argentino León Gieco cantou, no Vaticano, Solo le pido a Dios, seu emblemático hino pela paz, para o papa Francisco. No encontro voltado para o Diálogo Inter-religioso (IDI), o pontífice destacou que "Deus se manifesta em todas as culturas porque é o Pai de todos", e enfatizou a importância do diálogo.

O momento fez parte do encerramento de um congresso, realizado na semana passada, em Roma, pelo IDI, dirigido por três argentinos: o padre Guillermo Marcó (ex-porta-voz do papa, quando ele era cardeal), o rabino Daniel Goldman (da Comunidade Bet Et) e o líder muçulmano Omar Abboud (ex-secretário de Cultura do Centro Islâmico da República Argentina).

Francisco disse que "Solo le pido a Dios é algo como uma oração mais universal, e é o que pedimos para o nosso país e para o mundo: que o outro não seja indiferente a nós".

"É uma das melhores coisas que me aconteceram em minha profissão: o Papa gosta da música, ele sempre a pede, propôs que fosse incluída no filme Papa Francisco: Um Homem de Palavra, de Wim Wenders, mas vir tocá-la aqui foi a melhor coisa, foi respeitar sua filosofia, que é uma grande filosofia", disse Gieco, por sua vez, ao jornal La Nación.

Encontro na Argentina 

Durante o congresso - intitulado "De Jorge a Francisco, da Argentina ao mundo" - várias personalidades argentinas abordaram questões sobre educação, trabalho, migração e meio ambiente.

O papa entrou no salão caminhando com a ajuda de uma bengala - diferente das últimas imagens do pontífice, onde apareceu de cadeira de rodas.

Francisco destacou como a Argentina progrediu nas últimas décadas em termos de convivência inter-religiosa. A exemplo dos preconceitos que foram superados, ele disse que, quando era menino e andava pela rua com sua avó, perguntou a ela se duas mulheres que passavam eram freiras e ela respondeu: "Não, elas são do Exército da Salvação (evangélicas), mas são boas".

Ao mesmo tempo, afirmou que "se nós, argentinos, não rezamos uns pelos outros, estamos fritos" e pediu um minuto de silêncio para que todos pudessem rezar por "seus irmãos e irmãs argentinos".

 

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