PORTUGAL

Bebê fica retido após hospital suspeitar que mãe usou maconha

Mãe e filha tiveram que ficar quatro dias no hospital de Portugal, que negou dar alta para a família por desconfiar de uso de maconha

Brasileiros relatam que tiveram bebê recém-nascida retida em maternidade -  (crédito: Reprodução/Instagram/@isabelaburgoss)
Brasileiros relatam que tiveram bebê recém-nascida retida em maternidade - (crédito: Reprodução/Instagram/@isabelaburgoss)
Correio Braziliense
postado em 24/08/2023 15:55

Um casal de brasileiros afirmou que teve a filha recém-nascida retida em uma maternidade de Portugal após a equipe médica suspeitar que a mãe da bebê teria usado maconha. Isabela Burgos passou por parto natural em 10 de agosto, em um hospital público de Cascais. No dia seguinte, a equipe médica solicitou um exame toxicológico, que atestou a ausência da substância psicoativa, mas a mãe e a filha não foram liberadas. As duas só conseguiram deixar o hospital quatro dias depois, em 14 de agosto. 

Por meio das redes sociais, o casal relata que foi tratado de maneira "desagradável" assim que chegou no hospital. Segundo o marido de Isabela, Marcos Lana, assim que a médica foi conferir a documentação da esposa, teria dito: "Ah, é um casal de brasileiros".

Enquanto estavam internados, um funcionário do hospital chegou a fazer insinuações de que Marcos estaria portando maconha. Ao serem informados sobre o pedido de exame toxicológico, o casal ficou sem entender o motivo. "A maconha é descriminalizada aqui, se fosse algo que realmente preocupasse os médicos portugueses, por que não pediram exames ao longo da gestação?", disse Marcos.

Depois do parto, e do resultado negativo do exame, os brasileiros passaram por momentos de tensão ao serem informados, pela equipe do hospital, que a bebê recém-nascida só seria liberada após laudo da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. No dia 14 de agosto, um grupo da comissão visitou a casa da família brasileira, e mãe e filha só foram liberadas à noite.

"Foi muito estressante. Foram quatro dias sem dormir direito", contou Marcos. Ao Uol, o hospital de Cascais afirmou que "estava seguindo protocolos estabelecidos e que as entidades competentes estão acompanhando o caso".

 

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