Mais de 34 mil eleitores foram às urnas para as eleições primárias da Argentina no domingo (13/8), para definir os candidatos à presidência, vice-presidência, senador e deputado federal que disputarão as eleições gerais em 22 de outubro.
Na disputa pela cadeira na Casa Rosada, cinco candidatos estão concorrendo. O Correio preparou um resumo para você entender quem é quem na disputa. Confira:
Javier Milei | Coligação La Libertad Avanza
Candidato de extrema-direita, do partido La Libertad Avanza, conhecido como “antissistema” e “anarcocapitalista”. Mesmo tendo indicadores apontando para o enfraquecimento de sua candidatura, foi vencedor das eleições primárias com mais de 7 milhões de votos, de acordo com o jornal argentino Clarín.
Javier Milei é um economista argentino, nascido em Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970. Ficou famoso em programas de televisão de discussões políticas por discursos polêmicos. Foi economista-chefe de empresas e também já atuou como professor universitário de disciplinas sobre economia. Na política, foi eleito deputado em 2021.
O candidato se destacou na mídia com a “turnê da liberdade” e por sua vida fora da política, como jogador de futebol e passagem pela música. Após apresentar sua candidatura à presidência, Milei chegou a receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Suas principais propostas de campanha são a dolarização da economia, fechamento do Banco Central, redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas.
Patricia Bullrich | Coligação Juntos por el Cambio
Candidata da direita e ex-ministra da Segurança, faz parte da coligação “Juntos Pela Mudança”. Patricia Bullrich é formada em humanidades e ciências sociais, com foco em comunicação. Nasceu em Buenos Aires, em 1956. Faz parte de uma família aristocrática argentina, e alguns de seus parentes são conhecidos no meio artístico e político. É conhecida também como a "Dama de ferro" argentina.
Sua carreira política começou como deputada de Buenos Aires e, depois, foi ministra do Trabalho, da Segurança Social e da Segurança.
Seu slogan é “Se não é tudo, não é nada”. Ainda não formalizou qual será o seu plano de governo. Mas, em entrevista ao canal de TV LN+, a candidata propõe algumas diretrizes como a dolarização do país e medidas contra a inflação acima dos três dígitos.
Sergio Massa | Partido Unión por La Patria
Atual ministro da Economia da Argentina, é kirchnerista - corrente política de esquerda - há 20 anos. Sua carreira política começou em 1999, quando foi eleito deputado provincial de Buenos Aires. Sergio Massa teve apoio do atual presidente da Argentina, Alberto Fernandez, e da vice, Cristina Kirchner, para concorrer à presidência.
Advogado, filho de imigrantes italianos, o pré-candidato nasceu em San Martín, Buenos Aires, em 28 de abril de 1972.
Em suas propostas, Massa quer implementar o equilíbrio fiscal, o superavit comercial, o câmbio competitivo e o desenvolvimento com inclusão, afirmou ao canal de TV argentino C5N.
Juan Schiaretti | Coligação Hacemos por Nuestro País
É contador público e segundo-tenente do Exército. Nasceu em 19 de junho de 1949, em Córdoba, Argentina. Em 1975, com o Processo de Reorganização Nacional – como é chamada a ditadura militar argentina –, foi obrigado a mudar-se para o Brasil. Ele morou em Belo Horizonte. Atualmente, Schiaretti cumpre seu terceiro mandato como governador de Córdoba.
Em 1999, ele foi ministro de Produção e Finanças da província de Córdoba. Em 2003, foi eleito vice-governador de José Manuel de la Sota. Em 2007, foi eleito governador de Córdoba pela primeira vez – cargo que voltaria a ocupar em 2015 e 2019.
Foi eleito ainda deputado nacional, em 2013. Sua campanha eleitoral foca em um discurso crítico à coalizão governista, prometendo reverter a inflação que diz ter sido intensificada pelo kirchnerismo, de acordo com o jornal argentino Chequeando.
Myriam Bregman | Coalizão Frente de Izquierda y de Trabajadores
Advogada e ativista, nasceu em 25 de fevereiro de 1972, em Buenos Aires. Faz parte de uma coalizão formada por partidos que reivindicam a independência de classe. Foi nomeada para deputada nacional em 2009 e chefe de governo da cidade de Buenos Aires em 2011. Em 2015, foi eleita deputada nacional da seção eleitoral.
Suas principais propostas de campanha giram em torno de incentivo a programas econômicos que englobam grandes empresários, bancos e latifundiários argentinos. Ela também defende o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o não pagamento da dívida com o fundo e a nacionalização dos bancos e do comércio exterior.
*Natallie Lopes, estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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