O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou, na madrugada desta quinta-feira (10/8), estado de exceção no país, em resposta ao assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, cometido na noite de quarta-feira (9/8). A decisão incumbe às Forças Armadas do país a responsabilidade de garantir a segurança nacional e, também, as eleições, que foram mantidas pelo líder equatoriano.
Para Lasso, manter o pleito eleitoral é uma forma de fortalecer a democracia após um ataque direto contra um representante dela. “Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer”, disse o presidente em coletiva de imprensa.
“Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, acrescentou Lasso. O líder equatoriano também garantiu que não será amedrontado por forças que querem tomar o poder. O assassinato foi reivindicado pela facção Los Lobos, uma das maiores organizações criminosas do país.
Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista investigativo. De centro-esquerda, o comunicador tinha como uma das principais propostas de governo o combate ao narcotráfico, à corrupção e à propina, além da mineração ilegal.
O tráfico de drogas tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo Equador nos últimos anos e teve ligação com o aumento da taxa de homicídios para 25 por 100 mil habitantes em 20222.
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