Pesquisadores ingleses da organização think tank Autonomy planejam testar o modelo de renda básica universal no país. A ideia consiste em transferir recursos financeiros às pessoas, com objetivo de suprir as necessidades básicas e combater a pobreza. O teste prevê a transferência de 1.600 libras por mês (o que corresponde a quase R$ 10 mil). O planejamento inicial é que trinta pessoas participem do estudo, durante dois anos. As informações são da BBC.
"Todas as evidências mostram que aliviaria diretamente a pobreza e aumentaria o bem-estar de milhões de pessoas: os benefícios potenciais são grandes demais para serem ignorados", defendeu Will Stronge, diretor de pesquisa, que tem apoio da Northumbria University e da instituição de caridade Big Local. Os participantes do teste são de Jarrow, no nordeste da Inglaterra, e East Finchley, no norte de Londres.
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Os participantes são sorteados e podem ter a identidade mantida no anonimato. Entretanto, os pesquisadores planejam que o grupo seja composto por 20% de pessoas com deficiência. O programa piloto conta com orçamento de 1,15 milhão de libras.
No País de Gales, o governo também está com um programa de renda básica de 1.600 libras por mês destinado a jovens que acabaram de completar 18 anos de idade. As discussões em torno dessa ideia ganharam mais força com a pandemia da covid-19 — momento em que muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram queda na renda.
No Brasil
Um dos principais defensores da renda básica no Brasil é o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP). Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Poder Executivo deve implementar programa de renda básica de cidadania para as pessoas em situação de extrema pobreza e pobreza, com renda per capita inferior a R$ 89 e R$ 178. Há inúmeros debates para ampliar o alcance do benefício.