Educação

Os países europeus que estão banindo celulares em sala de aula

Poucos dias depois de a Finlândia anunciar um projeto para banir celulares de sala de aula, a Holanda anunciou medida parecida


Celulares, tablets e relógios inteligentes serão banidos das salas de aula da Holanda, segundo anunciou o governo do país na terça-feira (04/07). A medida, que tem o objetivo de afastar as distrações trazidas por esses aparelhos, deve entrar em vigor a partir de 2024.

Por enquanto, a proibição não tem efeitos legais coercitivos — ou seja, não traz punições diante da lei se não for cumprida. Entretanto, isso pode mudar no futuro.

A regra deverá ter algumas exceções, como para alunos com necessidades médicas ou deficiências que precisem desses aparelhos, ou em aulas focadas em habilidades digitais.

"Embora os celulares estejam praticamente interligados com nossas vidas, eles não encaixam na sala de aula", afirmou o ministro da Educação da Holanda, Robbert Dijkgraaf.

"Os alunos devem ser capazes de se concentrar ali e ter todas as oportunidades para aprender bem. Sabemos por pesquisas científicas que os celulares atrapalham isso."

Vários estudos já demonstraram que limitar o tempo de tela das crianças traz melhoras na cognição e na concentração.

O governo holandês disse que caberá às escolas alinhar regras detalhadas com professores, pais e alunos.

A decisão será revisada no final do ano letivo de 2024-2025, quando o funcionamento da medida será avaliado, assim como a necessidade de trazer efeitos legais para a proibição ou não.

O anúncio da Holanda vem depois de uma decisão semelhante anunciada pela Finlândia na semana passada.

O novo governo finlandês, formado por uma coalizão conservadora, pretende alterar a legislação para facilitar restrições a celulares nas escolas — mas isso ainda precisa ser aprovado pelo parlamento.

Em 2018, a França aprovou uma lei banindo o uso de celulares por estudantes com menos de 15 anos nas dependências das escolas, inclusive durante os recreios. Entretanto, a aplicação da lei tem enfrentado desafios, como a resistência dos alunos em entregar seus celulares.