O exército ucraniano reivindicou a autoria do ataque que explodiu um depósito de munição na Crimeia, nesse sábado (22). A ação, realizada por meio de um drone, forçou a evacuação da população em um raio de cinco quilômetros da região afetada e paralisou o tráfego na área.
A Crimeia é alvo principal de uma contraofensiva da Ucrânia, iniciada em junho, com o objetivo de reconquistar territórios tomados pela Rússia. A região foi anexada por Moscou em 2014.
O líder pró-Rússia da Crimeia, Sergei Aksionov, havia indicado no início da tarde de sábado que o ataque no distrito de Krasnogvardeiski culminou em uma explosão, mas não deixou vítimas.
Em outra ação militar, há seis dias, o exército ucraniano atingiu a ponte da Crimeia, que já havia sido atacada pelas tropas do país em outubro de 2022, deixando dois civis mortos. A ponte de Kerch é alvo estratégico por ser a única infraestrutura que liga os dois países. Ela é utilizada por militares russos para transportar equipamentos bélicos até a frente ucraniana.
Em uma videoconferência no Fórum de Segurança de Aspen, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou na sexta-feira (21) que a ponte da Crimeia deveria ser “neutralizada”. Para Zelensky, a infraestrutura foi construída em violação ao direito internacional.
O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, prometeu uma "resposta" de seu exército e pediu "melhoria da segurança" na construção.
Jornalista morre em bombardeio
Em outra ação militar ucraniano, nesse sábado, um jornalista russo da agência de notícias estatal Ria Novosti foi morto na região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, segundo comunicado do exército russo.
"Unidades das forças armadas ucranianas lançaram um ataque de artilharia contra um grupo de jornalistas", e "quatro repórteres ficaram feridos, com menor e maior gravidade", afirmou.
"Durante a evacuação, o jornalista da Ria Novosti Rostislav Zhuravlev morreu devido aos ferimentos causados pela explosão de bombas de fragmentação", acrescentou o exército.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia atribuiu às potências ocidentais e à Kiev a "responsabilidade" pela morte do repórter e garantiu que esse "crime odioso" não ficará sem resposta.
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