O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quer participar da cúpula do Brics que ocorrerá na África do Sul no próximo mês. O país sede, no entanto, tenta persuadir o presidente russo a não participar do evento, para assim evitar consequências legais e diplomáticas por conta seu mandado de prisão internacional.
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Como signatário do tratado estabelecido pelo Tribunal Penal Internacional, o país africano é obrigado a prender Putin devido a uma acusação que o tribunal emitiu por crimes de guerra envolvendo sequestro de crianças na Ucrânia.
Moscou rejeitou o mandado. As autoridades sul-africanas provavelmente violarão o tratado e não prenderão Putin, mas alguns partidos de oposição, grupos de direitos humanos e ativistas legais disseram que ele deveria ser preso e ameaçaram fazê-lo eles mesmos, levantando questões de segurança para a cúpula do BRICS em Joanesburgo.
O Kremlin não confirmou se Putin comparecerá e a breve rebelião na Rússia pelo grupo militar privado de Wagner parecia tornar improvável que ele viaje após uma ameaça tão séria ao seu governo.
Mas a Rússia quer que Putin compareça ao lado do líder chinês Xi Jinping e dos outros presidentes, disse o vice-presidente da África do Sul, Paul Mashatile, em entrevista ao News24, um importante veículo de notícias sul-africano. Todos os líderes foram convidados para a cúpula antes que a acusação contra Putin fosse emitida, disse a África do Sul.
Os sul-africanos enfrentam o risco de piorar ainda mais as relações com o Ocidente se permitir que Putin participe livremente da cúpula do Brics.
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