Submarino Titan

Passageiros de submarino podem ter percebido implosão 48 segundos antes

O submarino Titan foi reportado como desaparecido em 18 de junho e a Guarda Costeira americana informou em 22 de junho que a embarcação tinha sofrido uma implosão catastrófica

Correio Braziliense
postado em 08/07/2023 17:02
 (crédito: OceanGate Expeditions/AFP)
(crédito: OceanGate Expeditions/AFP)

Um estudo realizado pelo engenheiro José Luis Martín, especialista em submarinos, aponta que os cinco passageiros do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição ao Titanic, podem ter percebido o que ia acontecer 48 segundos antes do acidente.  “Nesse período de tempo, eles estavam conscientes de tudo e na escuridão total”, explica o especialista. 

De acordo com o site espanhol NIU, o estudo reconstruiu os últimos momentos da expedição do submersível da OcenaGate ao Titanic tendo como base fatores como o peso do submersível, a velocidade e o impulso.

Segundo o especialista José Luis Martín, o submarino pode ter afundado verticalmente por, pelo menos, 900 metros, sem nenhum controle.

Martín acredita que essa mudança de posição pode ter ocorrido após uma "falha técnica". “Ficou sem motor e sem propulsão e é nessa altura que perde a comunicação”, cogita o especialista.

Os cinco passageiros, que juntos somavam 400 quilos, teriam se “amontoado uns em cima dos outros” na parte da frente do submersível, mudando a posição dele de horizontal para vertical. “A estabilidade é o fator chave", explica Martín.

O relatório aponta, ainda, que “o piloto não conseguiu acionar a alavanca de emergência”, impossibilitando a manobra, provavelmente porque os elementos de controle e de segurança estariam “danificados”.

"A medida que caíam nas profundezas do oceano, o casco resistente foi sujeito a um súbito aumento de pressão", diminuindo o impulso, deixando o submarino cada vez mais pesado, detalha o especialista.

Neste momento, os passageiros estariam percebendo o que estava ocorrendo: “Nesse período de tempo, estão conscientes de tudo e na escuridão total”.

“Após esses 48 segundos, ou um minuto, acontece a implosão e a morte súbita instantânea”, conclui o especialista. “É como quando se fura um balão”, explica.

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