Há 76 anos, um fazendeiro da cidade de Roswell, no Novo México (EUA), passeava com o filho pelos campos próximos ao rancho em que vivia quando encontrou uma série de destroços espalhados por uma área extensa da região. Compostos por materiais não identificados, os restos encontrados abalaram a cidade e o país por serem definidos como partes de um disco voador, informação confirmada e, posteriormente, negada pela Força Aérea dos EUA.
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O episódio ficou conhecido como Caso Roswell e a data estimada em que ocorreu, 2 de julho de 1947, foi eleita para celebrar o Dia Mundial do OVNI (Objeto Voador Não Identificado). Na ocasião, tudo começou quando o fazendeiro William 'Mac' Brazel recolheu um dos destroços no campo e mostrou para conhecidos da cidade. Acostumado a se deparar com restos de balões meteorológicos, ele afirmava veementemente que os restos não eram de algo conhecido.
Houve, ainda, rumores de supostos alienígenas serem vistos no deserto do Novo México nos mesmos dias e que "corpos alienígenas" foram vistos no hospital Roswell Army Air Field.
Em 6 de julho, Brazel foi até a delegacia local para reportar os achados. Dois dias depois, o porta-voz da Base Aérea de Roswell, Walter Haut, distribuiu um comunicado à imprensa afirmando ter se confirmado o boato sobre os destroços de um disco voador.
"Os diversos boatos relativos ao disco voador tornaram-se ontem uma realidade quando o setor de informação do 509º Grupo de Bombardeio da VIII Força Aérea, Aeroporto Militar de Roswell, teve a sorte de tomar posse de um disco, graças à cooperação de um fazendeiro local e do gabinete do xerife do condado de Chavez. O objeto voador pousou em uma fazenda das proximidades de Roswell no decorrer da semana passada", dizia a nota.
"Como não tinha telefone, o fazendeiro guardou o disco até poder entrar em contato com o gabinete do xerife, que por sua vez notificou o Major Jesse A. Marcel, do Setor de Informação do 509º Grupo de Bombardeio. Providenciou-se imediatamente para que o disco fosse recolhido na residência do fazendeiro. Examinado na Base Aérea Militar de Roswell, foi mais tarde confiado pelo Major Marcel às autoridades competentes", acrescentou a nota do porta-voz da Base Aérea.
Veja fotos dos destroços:
Nota foi desmentida pelo exército norte-americano
No dia seguinte da publicação da nota da base aérea local, o exército norte-americano desmentiu o comunicado, explicando que os destroços eram, na verdade, de um balão meteorológico. Um pouco mais de 20 anos depois, em 1979, o coronel Thomas J. DuBose, que participou do recolhimento dos destroços de Roswell, afirmou em público que a explicação sobre o balão foi uma alternativa para encobrir "a verdadeira história" e que os destroços apresentados a jornalistas em uma entrevista coletiva haviam sido trocados.
Em 1997, o governo dos Estados Unidos, através do Quartel General das Forças Armadas, publicaram o relatório O incidente de Roswell: caso encerrado, concluindo que o incidente de Roswell resultou de um balão do Projeto Mogul e de bonecos de teste — os bonecos seriam os supostos alienígenas vistos no deserto.
Em um trecho, eles classificaram as testemunhas como "confusas" ou "tentando perpetrar um embuste, acreditando que nenhum esforço sério seria feito para verificar as suas histórias". Eles também anexaram sondas espaciais da Nasa para representar que é possível que aeronaves espaciais criadas por humanos podem ser confundidas com "disco voadores".
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