John Goodenough, vencedor em 2019 do prêmio Nobel de Química ao lado de outros dois cientistas por desenvolver as baterias de lítio, morreu aos 100 anos, informou a Universidade do Texas.
O cientista faleceu no domingo (25/6), de acordo com universidade, na qual Goodenough trabalhou por 37 anos na Faculdade Cockrell de Engenharia.
Suas contribuições para o desenvolvimento das baterias de lítio abriram o caminho para a criação dos smartphones e para uma sociedade menos dependente dos combustíveis fósseis.
John Goodenough se tornou a pessoa de mais idade a vencer um prêmio Nobel em 2019, quando, aos 97 anos, dividiu a honraria de Química com o britânico Stanley Whittingham e com o japonês Akira Yoshino pela invenção da bateria de lítio.
"O legado de John como um cientista brilhante é imensurável: suas descobertas melhoraram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo”, disse Jay Hartzell, reitor da Universidade do Texas, em Austin, em um comunicado.
Pesquisando uma fonte alternativa de energia durante a crise do petróleo na década de 1970, Stanley Whittingham descobriu uma maneira de aproveitar a energia potencial do lítio, um metal tão leve que flutua na água.
Porém, a bateria que ele construiu era muito instável para uso.
Goodenough trabalhou a partir do protótipo de Witthigham e conseguiu dobrar a energia potencial da bateria para quatro volts.
Em 1985, Yoshino utilizou um material à base de carbono que armazena íons de lítio, tornando as baterias comercialmente viáveis.
Graças à pesquisa dos três cientistas, baterias recarregáveis mais potentes e leves foram criadas.