Cinema

James Cameron compara tragédia de submarino com Titanic: 'Foram avisados'

O diretor de cinema responsável pelo clássico 'Titanic' visitou os destroços da embarcação 33 vezes em submergível que desenvolveu. Ele era amigo do piloto do submarino que implodiu

O cineasta James Cameron, responsável pelo clássico Titanic, comparou o caso do submarino OceanGate que implodiu ao realizar uma tentativa de visitar os destroços da embarcação com o desastre do navio. Além de brilhar nos cinemas, Cameron é um experiente explorador do oceano e chegou a visitar os destroços da embarcação 33 vezes.

"Estou chocado com a similaridade com o desastre do próprio Titanic, no qual o capitão foi avisado diversas vezes sobre o gelo à frente de seu navio, mas que continuou a toda velocidade em um campo de gelo. É imprescindível que as pessoas entendam que o mergulho profundo com submersível é uma arte madura”, declarou o diretor em entrevista para à rede ABC News, nesta quinta-feira (22/6).

Além de dirigir o filme que retrata a tragédia do Titanic, lançado em 1997, Cameron já compartilhou registros de aventuras marítimas no documentário Fantasmas do Abismo, que investiga os escombros do Titanic por completo junto a uma equipe de cientistas, cineastas e historiadores em 2003. Em 2014, ele usou um submersível e registrou sua visita à Fossa das Marianas, considerado o local mais profundo do oceano, quase 11 mil metros abaixo da superfície.

"Como desenvolvedor de submersíveis, eu mesmo projetei e construí um para alcançar as profundezas mais extremas dos oceanos - três vezes mais profundas do que o Titanic. Portanto, compreendo os desafios de engenharia associados à construção desse tipo de veículo”, pontuou James.

A Guarda Costeira dos EUA declarou que o submarino, desaparecido desde o último domingo (18/6) com cinco tripulantes, implodiu e não deixou sobreviventes. "Muitas pessoas da comunidade estavam preocupadas com este submarino e até escreveram cartas à empresa dizendo que o que eles estavam fazendo era muito experimental e que precisava de certificação”, finalizou o diretor que era amigo do piloto francês Paul-Henry Nargeolet há 25 anos e lamentou a perda trágica do Paul.

 

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