Mike Reiss, escritor e produtor de Os Simpsons, mergulhou três vezes no submersível Titan para ver os destroços do Titanic. Segundo ele, apesar de ter sido uma boa experiência, as falhas na comunicação são alguns dos principais desafios. O escritor também afirmou que sempre esteve ciente da possibilidade de ter morrido durante a viagem, no ano passado. Nesta semana, equipes de buscas se mobilizam para tentar encontrar um submarino que sumiu no domingo (18/6), com cinco pessoas a bordo.
"Esta é uma nova tecnologia, e eles estão aprendendo muito à medida que a utilizam, mas a comunicação é provavelmente o elo mais fraco da cadeia, e acho que em dois dos três casos em que estive lá, eles conseguiram restabelecer comunicação, mas essa parece ser a parte mais difícil dessa coisa," contou Reiss, ao jornal The Sun.
O escritor pontuou que os tripulantes assinam um termo que informa os riscos da expedição. "A possibilidade de catástrofe e morte apenas paira sobre você – é apenas uma parte do que você está fazendo. Você assina um termo de renúncia antes de entrar no navio que menciona a morte três vezes na primeira página. A viagem é linda e mais tranquila do que você imagina, mas você sabe que pode morrer a qualquer momento ou as coisas podem dar muito errado a qualquer momento, e isso faz parte da experiência."
Buscas pelo submarino
Os cinco tripulantes desaparecidos são o bilionário Hamish Harding; o explorador Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood; o presidente da OceanGate, Stockton Rush; e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet. Além da Marinha canadense e americana, agências governamentais e empresas comerciais especializadas em águas profundas estão ajudando na operação para encontrar o submersível.
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Em 2018, um ex-funcionário da empresa que construiu o submersível alertou sobre "problemas de controle de qualidade e de segurança". David Lochridge, então diretor de Operações Marítimas da OceanGate, discordou da posição de mergulhar o Titan sem que o veículo tivesse passado por um teste não destrutivo, o qual fosse capaz de provar sua integridade. De acordo com Lochridge, a única janela de visualização do submersível foi construída para suportar a uma pressão a uma profundidade de 1.300 — três vezes menos do que o ponto onde se encontra o Titanic.