O que se sabe até o momento sobre o naufrágio do Pylos

A operação de resgate 

A Guarda Costeira grega informou, na quarta-feira (14/6), que foi notificada na véspera pelas  autoridades italianas sobre "um barco com um grande número de estrangeiros". Após o aviso, patrulheiros gregos foram mobilizados para achar a embarcação. "Um avião da Frontex foi o primeiro a localizar a embarcação na terça-feira à tarde e, depois, dois navios que estavam na área", segundo a Guarda Costeira. Às 19h40 (em Brasília), o barco notificou falha no motor. O barco-patrulha que estava próximo "tentou se aproximar", afirmou a Guarda Costeira. 

 

O naufrágio

Apenas 24 minutos depois, o barco-patrulha anunciou no rádio que a embarcação havia virado.

 

Recusa de ajuda

Segundo a Guarda Costeira grega, "não houve pedido de ajuda" por parte das pessoas a bordo. "Após inúmeras ligações do centro de operações da Guarda Costeira grega para resgatá-los, a resposta do barco de pesca foi negativa", disse o comunicado. "Das 9h30 às 15h (horário de Brasília), a sala de operações (...) entrou diversas vezes em contato com o barco de pesca", acrescenta o documento. 

 

Corda para estabilização

O porta-voz do governo grego, Ilias Siakantaris, explicou, ontem, que "os agentes da Guarda Costeira se aproximaram do navio, jogaram uma corda para estabilizá-lo, mas os migrantes recusaram ajuda". "Diziam 'No help, Go Italy' ("Ajuda não, vamos para a Itália", em inglês)", completou. "Não houve nenhuma tentativa de rebocar o barco", disse Nikolas Alexiou, porta-voz da polícia portuária grega.