Após tentar emagrecer, Alisa Vandercruyssen, 28 anos, descobriu que possui uma rara condição de retenção de líquidos. Aos 17 anos, as pernas, braços e abdômen da norte-americana começaram a inchar. No ano passado, ela recebeu o diagnóstico de lipedema — doença crônica que causa acúmulo de tecido adiposo em algumas partes do corpo. Depois que foi diagnosticada, Alisa passou por diversos procedimentos e teve quase dois galões de líquido drenados das pernas.
"Antes do diagnóstico, pensei que tinha apenas pernas mais grossas e celulite. Foi muita pressão nos meus joelhos, eu tinha muito volume. Foi um grande alívio quando fui diagnosticada, mas, ao mesmo tempo, foi triste porque pensei que poderia ter me divertido muito mais porque estava muito focado na aparência", disse Alisa ao jornal Daily Mail.
Ao todo, Alisa passou por seis cirurgias. "Disseram-me que eu poderia ser encaminhada a um cirurgião plástico, e a única opção de me livrar disso é a cirurgia. Chama-se lipoaspiração assistida por água. Eles pegam uma mangueira de água, quebram os nódulos e depois sugam", lembrou.
O que é lipedema?
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a lipedema atinge majoritariamente as mulheres. "A gordura do lipedema é diferente da obesidade, tende a formar nodulações no subcutâneo, além de ter um componente inflamatório importante. Atinge quase que exclusivamente mulheres e tem início na puberdade, dando indícios de um componente hormonal na sua fisiopatologia, porém ainda não sabemos ao certo suas causas", explica.
Os principais sintomas da condição são inchaço, dor e dificuldade na mobilidade. A doença pode vir associada com outras, como insuficiência venosa crônica, linfedema e obesidade. "O diagnóstico é clínico, onde nota-se o acúmulo de gordura em região glútea, coxas, joelhos e pernas, determinando uma desproporção entre a parte inferior e a superior do corpo, porém pode comprometer também os braços, mas poupa mãos, pés e o tronco", pontua a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.