O Papa Francisco encerrou, nesta quinta-feira (1º/6), o 1º Congresso Mundial sobre Cidades Ecoeducativas. Durante o evento, que ocorreu em Roma, o pontífice falou a 50 autoridades da América Latina e da Europa sobre a importância do acesso de crianças e adolescentes à educação e também acerca do desenvolvimento sustentável global.
O Congresso, que teve início em 23 de maio, promoveu a discussão de pautas mútuas que afetam as cidades dos líderes presentes. Temas como a emergência climática e proteção da biodiversidade foram alguns dos tópicos abordados no evento.
É muito difícil resumir o conjunto de debates que realizamos nos últimos dias, mas a nossa surpresa é que temos problemas muito parecidos e vivências similares, seja em cidades pequenas ou em cidades grandes, do Caribe, dos Andes ou da Amazônia. Entendemos que desde o nosso lugar de proximidade, nos governos locais, podemos fazer muitas coisas juntos”, comentou Yamandú Orsi, prefeito da cidade de Canelones, no Uruguai.
O Congresso Mundial sobre Cidades Ecoceducativas foi realizado por meio da parceria entre a Pontifícia Scholas Occurrentes e o Banco Latino-Americano de Desenvolvimento (CAF), com o intuito de apoiar uma agenda de crescimento consistente com os desafios sociais e ambientais da América Latina, Caribe e Europa.
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No evento, o Papa aproveitou para reafirmar o conselho de que jovens precisam aprender com a sabedoria dos idosos. "Eles não devem ser resguardados, os idosos têm que dizer e dar sabedoria, por isso é necessário que os jovens se aproximem deles”, ressaltou Francisco ao afirmar ser necessário “respeitar cada pessoa na sua autenticidade”.
No debate sobre educação, estiveram presentes o diretor da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), Raphael Callou; o Secretário-Geral do Organismo Internacional da Juventude (OIJ), Max Trejo; o fundador e diretor executivo do Movimento Laudato Si, Tomás Insua e o Secretário-Geral do Parlamento Antido, Eduardo Chiliquinga. O painel contou com a moderação de Eugenio Ravinet, ex-secretário geral da OIJ.
“Tivemos discussões significativas e trocas de conhecimento sobre meio ambiente e educação ambiental. Foi evidente o compromisso de todos os presentes em buscar soluções criativas e viáveis para construir um futuro mais sustentável e equitativo para nossas cidades. A conscientização ambiental e a educação desempenham um papel fundamental na transformação de nossas comunidades”, destacou Raphael Callou.