Kristina Baikova, 28 anos, executiva do Loko-Bank, se tornou a nova vítima de acidentes misteriosos que cercam magnatas da Rússia. A vice-presidente do banco teria caído do próprio apartamento no 11º andar, no Khodynsky Boulevard, em Moscou, na madrugada da última sexta-feira (23/6). Ela morreu instantaneamente no local.
A executiva do banco estava com um amigo de 34 anos, supostamente chamado Andrei. O homem teria sido convidado para tomar um drinque na casa da mulher.
Segundo a polícia russa, o caso é tratado por um comitê de investigação já que Kristina Baikova não estava sozinha no apartamento. "Verificou-se que, na noite de 23 de junho, a vítima telefonou ao seu amigo de 34 anos e convidou-o a visitá-la durante o fim de semana. Por volta das 3 da manhã, caiu da janela. O seu corpo foi encontrado perto de uma das entradas da casa onde vivia", revelou o interlocutor da agência de notícia estatal Regnum.
Antes de trabalhar para o Loko-Bank, Kristina Baikova geria um dos projetos do Banco de Crédito de Moscovo.
Mortes misteriosas
Não é a primeira vez que oligarcas e importante executivos russos morrem em circunstâncias suspeitas. No ano passado ao menos 13 empresários russos de renome morreram por suicídio ou em acidentes misteriosos, seis deles eram ligados as duas maiores empresas de energia da Rússia.
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Além dos empresários, o político russo, Pyotr Kucherenko, 46 anos, morreu de causas desconhecidas quando regressava de uma viagem a Cuba. O vice-ministro de ciências da Rússia era supostamente um crítico particular da invasão da Ucrânia
Na época, o jornalista independente Roman Super escreveu que seu "velho amigo" (Kucherenko) havia falado em particular sobre sua incapacidade de escapar da Rússia após o que ele chamou de "invasão fascista" da Ucrânia.
Dois meses antes, o magnata do petróleo russo Viatcheslav Rovneiko, 59 anos, foi "encontrado inconsciente" em casa.
Marina Yankina, 58 anos, suspeita de cometer suicídio, foi uma figura-chave no financiamento da guerra ilegal de Vladimir Putin na Ucrânia como chefe do departamento de apoio financeiro do Ministério da Defesa para o Distrito Militar Ocidental.
Semanas antes, o major-general Vladimir Makarov — general russo recentemente demitido por Putin — foi encontrado morto em um possível suicídio, de acordo com a polícia na época. As investigações não avançaram.
Em julho, Yuri Voronov, 61 anos, diretor de uma empresa de transporte e logística ligada à Gazprom (empresa de energia russa) foi encontrado morto em sua piscina.
Mais duas mortes de executivos ligados à Gazprom foram registradas em residências de elite perto de São Petersburgo, alimentando suspeitas de que as mortes podem ter sido assassinatos. Alexander Tyulakov, 61 anos, foi encontrado morto com um laço no pescoço.
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Três semanas antes, Leonid Shulman, 60 anos, diretor de transportes da Gazprom Invest, foi encontrado morto com várias facadas.
Ivan Pechorin, 39 anos, era diretor administrativo da Corporação de Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico. Segundo o jornal Komsomolskaya Pravda, ele caiu da lateral de um barco nas águas próximas à Ilha Russky, perto do Cabo Ignatiev.
Em setembro de 2022, Anatoly Nikolaevich Gerashchenko, Doutor em Ciências Técnicas, professor, conselheiro do reitor do Instituto de Aviação de Moscou também foi vítima de um "acidente sem explicações".
Outra morte suspeita foi a do magnata do petróleo Ravil Maganov, 67 anos, que caiu da janela do sexto andar de um hospital de Moscou e morreu. Presidente da Lukoil (a segunda maior empresa de petróleo da Rússia), Maganov foi "espancado" antes de ser "jogado pela janela".
O bilionário Alexander Subbotin, 43 anos, também ligado à Lukoil, foi encontrado morto em maio.
Em dezembro do ano passado, Pavel Antonov — o deputado mais rico da Duma (parlamento russo) e crítico de Putin — morreu na Índia ao cair da janela de um hotel.
Em abril, o rico Vladislav Avayev, 51 anos, ex-funcionário do Kremlin, ligado à instituição financeira russa Gazprombank, parece ter se suicidado depois de matar a esposa Yelena, 47 anos, e a filha, 13 anos.
Dias depois, o milionário Sergey Protosenya, 55 anos, foi encontrado enforcado na Espanha, com a esposa Natalia, 53 anos, e duas filhas adolescente também mortas.
A maior parte dos casos não teve investigações conclusivas pela polícia russa.
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