As autoridades filipinas anunciaram a detenção de mais de 2.700 pessoas em uma operação em vários prédios de Manila, onde supostas vítimas de tráfico humano estavam sendo pagas para recrutar usuários para jogos on-line, informou a polícia nesta terça-feira (27/6).
Cidadãos chineses, indonésios, vietnamitas, singapurianos, malaios, paquistaneses, camaroneses, sudaneses, birmaneses e filipinos estavam entre as pessoas encontradas dentro de um complexo na capital na noite de segunda-feira.
As autoridades estavam interrogando 2.724 detidos para identificar e distinguir vítimas e suspeitos, declarou a capitã de polícia Michelle Sabino, porta-voz da unidade de cibercrimes. Mais de 1.500 eram filipinos.
A preocupação internacional tem crescido com os golpes da Internet na região da Ásia-Pacífico, muitas vezes envolvendo vítimas de tráfico de pessoas enganadas, ou coagidas a promover falsos investimentos em criptomoedas.
Sabino declarou que as supostas vítimas aceitaram ofertas de emprego postadas no Facebook para trabalhar nas Filipinas "em busca de jogadores" para jogos on-line.
Muitas delas foram forçadas a trabalhar em turnos de 12 horas diárias por apenas 24.000 pesos (US$ 433) por mês e foram impedidos de deixar o local, explicou.
Esta operação foi a "maior apreensão de tráfico humano já realizada" nas Filipinas, segundo a porta-voz da polícia. Os jornalistas da AFP que estavam no local na terça-feira viram dois ônibus e dois caminhões da polícia estacionados fora do complexo. Eles não foram autorizados a entrar nos edifícios.
Autoridades filipinas resgataram mais de mil pessoas de vários países asiáticos em maio, vítimas de tráfico humano e forçadas a cometer fraudes on-line.
Saiba Mais
- Política Marcos do Val: assessoria nega uso de atestado em depoimento à PF
- Tecnologia YouTube apresenta iniciativas na educação e de combate à desinformação
- Tecnologia Google vai investir R$ 10 milhões em games independentes
- Brasil Prefeito de Pintópolis é suspeito de desviar R$ 50 mil de tapa-buracos
- Esportes STJD suspende Abel Ferreira por tomar celular de jornalista
- Mundo "Queremos que a pornografia seja chata", diz novo dono do Pornhub
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.