A Espanha vivencia sua primeira onda de calor do verão e os termômetros ultrapassaram os 44 °C nesta segunda-feira (26/6) na Andaluzia (sul), segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), que decretou situação de alerta em várias regiões.
A onda de calor começou no domingo e hoje as temperaturas superaram os 38 °C em Madri e chegaram a 44,4 °C na localidade andaluza de El Granado, na província de Huelva (sudoeste), segundo a Aemet.
No domingo, a temperatura nesta localidade próxima da fronteira com Portugal foi de 43,8 °C, indicou a agência, que prevê uma diminuição do calor no decorrer desta semana.
Em Sevilha, no centro da Andaluzia, a temperatura foi de 42,9 °C, o que levou a mudanças nos horários de quem trabalha ao ar livre para evitar insolações.
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"O horário habitual é das 08h00 às 15h30", mas "mudamos para das 07h00 às 14h30", explicou à AFPTV Miguel Ángel, um trabalhador da construção.
"Há três anos tive quatro insolações [enquanto trabalhava], golpes de calor nos quais você perde a consciência. Hoje tomo bastante precaução", acrescentou.
O aumento das temperaturas fez com que as autoridades acionassem o plano contra o calor, que estabelece os diferentes níveis de risco para a população, em especial para os grupos vulneráveis, e permite uma adaptação nos horários de funcionamento das escolas e dos trabalhos ao ar livre.
Em 2022, muitos trabalhadores morreram durante suas funções na Espanha devido às temperaturas extremas. Essas mortes levaram as autoridades a reforçar as medidas de proteção dos empregados, proibindo o trabalho durante as horas mais quentes.
As altas temperaturas são comuns no verão na Espanha, sobretudo no sul. Contudo, há alguns anos o país tem vivenciado um aumento nas ondas de calor.
"A frequência destes episódios de calor na última década é quase três vezes maior do que em anos anteriores. Isto acontece em consonância com o aumento do verão a uma razão de aproximadamente dez dias por década desde os anos 1980", detalhou Rubén del Campo, porta-voz da Aemet, em mensagem à imprensa.
No final de abril, uma onda precoce de temperaturas extremas estabeleceu o recorde absoluto para um mês de abril na Espanha peninsular, 38,8 °C, um nível mais típico de meses como julho ou agosto.
Um episódio de calor que teria sido "quase impossível sem a mudança climática", segundo um estudo da World Weather Attribution (WWA), uma rede mundial de cientistas que analisa a relação entre eventos meteorológicos extremos e os transtornos do clima.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a Europa é o continente que está aquecendo mais rapidamente por causa da mudança climática, e sua temperatura média já é 2,3 graus superior em comparação com a era pré-industrial.
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