ESTADOS UNIDOS

Restaurante terá que pagar US$ 140 mil por contratar "falso padre"

O suposto religioso foi contratado para extrair confissões dos funcionários. O restaurante também praticava outras ilegalidades, como ameaçar os trabalhadores

Correio Braziliense
postado em 23/06/2023 12:58 / atualizado em 23/06/2023 12:58
 (crédito: Reprodução/Freepik)
(crédito: Reprodução/Freepik)

Um restaurante dos Estados Unidos foi condenado a pagar US$ 140 mil em salários atrasados e por danos morais por ter contratado uma "falso padre" para extrair confissões dos funcionários. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o suposto religioso perguntou aos funcionários se eles haviam roubado o chefe, atrasado para o trabalho ou se tinham más intenções contra o empregador.

Antes dessa condenação, o restaurante Taqueria Garibaldi era investigado por negar o pagamento de horas extras. Os gerentes também recebiam bônus das gorjetas dos funcionários e os ameaçavam com retaliação e "consequências adversas de imigração" por estarem cooperando com os investigadores do Departamento do Trabalho.

"Sob juramento, um funcionário da Taqueria Garibaldi explicou como o restaurante ofereceu um suposto padre para ouvir seus 'pecados' no local de trabalho, enquanto outros funcionários relataram que um gerente alegou falsamente que questões de imigração seriam levantadas pela investigação do departamento. As tentativas desprezíveis deste empregador de retaliar contra os funcionários foram destinadas a silenciar os trabalhadores, obstruir uma investigação e impedir a recuperação de salários não pagos", disse o procurador regional do trabalho Marc Pilotin.

A Justiça também ordenou que os proprietários do restaurante paguem US$ 5 mil de multa civil ao Departamento do Trabalho, "devido à natureza intencional de suas violações". “O Departamento do Trabalho dos EUA e seu escritório de advocacia não tolerarão retaliação no local de trabalho e agirão rapidamente para deixar claro que o status de imigração não tem influência sobre os direitos dos trabalhadores sob a Lei de Padrões Justos de Trabalho”, afirmou o procurador.

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