Cinema

James Cameron compara tragédia de submarino com Titanic: 'Foram avisados'

O diretor de cinema responsável pelo clássico 'Titanic' visitou os destroços da embarcação 33 vezes em submergível que desenvolveu. Ele era amigo do piloto do submarino que implodiu

Correio Braziliense
postado em 22/06/2023 20:31
 (crédito: 20th Century Fox/Allstar)
(crédito: 20th Century Fox/Allstar)

O cineasta James Cameron, responsável pelo clássico Titanic, comparou o caso do submarino OceanGate que implodiu ao realizar uma tentativa de visitar os destroços da embarcação com o desastre do navio. Além de brilhar nos cinemas, Cameron é um experiente explorador do oceano e chegou a visitar os destroços da embarcação 33 vezes.

"Estou chocado com a similaridade com o desastre do próprio Titanic, no qual o capitão foi avisado diversas vezes sobre o gelo à frente de seu navio, mas que continuou a toda velocidade em um campo de gelo. É imprescindível que as pessoas entendam que o mergulho profundo com submersível é uma arte madura”, declarou o diretor em entrevista para à rede ABC News, nesta quinta-feira (22/6).

Além de dirigir o filme que retrata a tragédia do Titanic, lançado em 1997, Cameron já compartilhou registros de aventuras marítimas no documentário Fantasmas do Abismo, que investiga os escombros do Titanic por completo junto a uma equipe de cientistas, cineastas e historiadores em 2003. Em 2014, ele usou um submersível e registrou sua visita à Fossa das Marianas, considerado o local mais profundo do oceano, quase 11 mil metros abaixo da superfície.

"Como desenvolvedor de submersíveis, eu mesmo projetei e construí um para alcançar as profundezas mais extremas dos oceanos - três vezes mais profundas do que o Titanic. Portanto, compreendo os desafios de engenharia associados à construção desse tipo de veículo”, pontuou James.

A Guarda Costeira dos EUA declarou que o submarino, desaparecido desde o último domingo (18/6) com cinco tripulantes, implodiu e não deixou sobreviventes. "Muitas pessoas da comunidade estavam preocupadas com este submarino e até escreveram cartas à empresa dizendo que o que eles estavam fazendo era muito experimental e que precisava de certificação”, finalizou o diretor que era amigo do piloto francês Paul-Henry Nargeolet há 25 anos e lamentou a perda trágica do Paul.

 

 

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