As buscas ao submersível Titan, construído pela empresa norte-americana OceanGate para levar turistas até a área de naufrágio do transatlântico Titanic, a quase 4 mil metros de profundidade, entraram em um momento de extrema tensão. Na teoria, os cinco tripulantes do Titan têm pouco mais de 24 horas de suprimento de oxigênio.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou, na madrugada desta quarta-feira (21/6), que um avião canadense detectou, por meio de sonar, barulho de batidas emitidas a cada 30 minutos no fundo do mar. No entanto, ainda não há evidências do submersível.
Nas próximas horas, um robô subaquático da França chegaria à região, no Atlântico Norte, a 550km da costa do Canadá, para auxiliar nos esforços de resgate. O robô consegue descer a até 4 mil metros de profundidade.
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O veículo submersível que leva cinco passageiros até os destroços do transatlântico Titanic, a 3.800m de profundidade, perdeu o contato com a superfície no último domingo (18/6). Desde o desaparecimento, a Guarda Costeira dos EUA e forças do Canadá promovem uma força tarefa em buscas da embarcação.
Uma área de 13 mil quilômetros quadrados foi rastreada "sem produzir qualquer resultado", segundo Jamie Frederick, capitão da Guarda Costeira. Um avião P-3 canadense lançou boias de sonar na área do naufrágio do Titanic, a fim de tentar detectar qualquer som procedente do submersível de 6,7m de comprimento por 2,8m de largura e 2,5m de altura.
Denúncia
Em 2018, um ex-funcionário da OceanGate alertou sobre "problemas de controle de qualidade e de segurança" no submersível. David Lochridge, então diretor de Operações Marítimas da companhia, discordou da posição de mergulhar o Titan sem que o veículo tivesse passado por um teste não destrutivo, o qual fosse capaz de provar sua integridade. De acordo com Lochridge, a única janela de visualização do submersível foi construída para suportar a uma pressão a uma profundidade de 1.300 — três vezes menos do que o ponto onde se encontra o Titanic. Em novembro passado, o Titan apresentou falhas de comunicação e ficou mais de duas horas e meia perdido no Oceano Atlântico.
Expectativas baixas
Para o contra-almirante galês Chris Parry, especialista da Marinha britânica, as chances de encontrar os tripulantes vivos, a partir deste momento, são "extremamente baixas". "Eles têm comida, água e roupas térmicas, além de reserva de oxigênio. Mas o abastecimento de eletricidade, provavelmente, é um problema", admitiu ao Correio.
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