BUSCAS

Espíritos trocaram as crianças por Wilson, crê indígena que ajudou nas buscas

Wilson desapareceu no dia 8 de junho. O capitão do Exército colombiano contou que a equipe chegou a ficar a 15 metros dele, porém, o cão estaria muito arisco e não foi possível resgatá-lo

Correio Braziliense
postado em 17/06/2023 14:25 / atualizado em 17/06/2023 15:57
 (crédito: Forças Militares da Colômbia)
(crédito: Forças Militares da Colômbia)

Membro da Guarda Indígena Cauca, Jesús Dagua acredita que os espíritos da floresta Amazônica colombiana trocaram as quatro crianças resgatadas pelos militares pelo cão Wilson, um cachorro da raça pastor belga que auxiliou na operação. Os meninos ficaram 40 dias perdidos na selva, após sobreviverem a uma queda de avião. 

As buscas, agora, visam encontrar Wilson, perdido na mata desde o dia 8 de junho. "Foi trocado. [Wilson] Ficou como oferenda para os espíritos que tinham as crianças", disse o Dagua em entrevista a uma rádio local. Ainda no campo espiritual, o membro da guarda indígena se mostrou esperançoso ao defender a realização de uma "conversa espiritual" para contribuir no resgate do cachorro.

"Os povos amazônicos já estão nisso porque é uma vida de qualquer jeito e a Guarda [Indígena Cauca] deve zelar pela vida de tudo e de todos. Então acreditamos que, se essa comunicação continuar, o cachorro Wilson com certeza vai sair, mas foi aquela troca, digamos espiritual, para os indígenas aparecerem", completou Dagua.

Wilson ficou arisco

O capitão do Exército colombiano Ender Montiel contou que a equipe chegou a ficar a 15 metros do pastor de 6 anos, no entanto, ele estaria muito arisco e não foi possível resgatá-lo. Segundo o responsável por treinar o animal de busca, a reação do cachorro é um instinto natural de preservação.

Ainda de acordo com o capitão, as pistas são dos "últimos dias", o que aumenta as esperanças de o cão estar vivo. Militares têm jogado carne pela mata para manter o animal alimentado, já que a última vez que foi visto pelas crianças, Wilson estaria "magro".

Em entrevista exclusiva ao Correio, o tio das crianças, Dairo Juvenal Mucutuy, desmentiu a versão de que o cachorro passou três dias com os menores. Elas chegaram a desenhar o cão após serem resgatadas. 

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