REINO UNIDO

Boris Johnson 'enganou" o Parlamento sobre festas durante a pandemia

O ex-chefe de Governo do Reino Unido foi obrigado a renunciar em julho de 2022 após um acúmulo de escândalos, incluindo o "partygate"

Agence France-Presse
postado em 15/06/2023 08:01 / atualizado em 15/06/2023 08:01
 (crédito: DANIEL LEAL / AFP)
(crédito: DANIEL LEAL / AFP)

O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson "enganou deliberadamente" o Parlamento a respeito do "partygate", o escândalo das festas celebradas na residência oficial quando estava no poder e durante os confinamentos determinados pela pandemia de covid-19, afirmam as conclusões de um comitê parlamentar.

O Comitê de Privilégios, que examina as violações das regras parlamentares, afirma que Johnson "enganou deliberadamente a Câmara" e que, se não tivesse renunciado ao posto de MP (Membro do Parlamento) na sexta-feira passada, ele teria sido suspenso por 90 dias por "desacatos repetidos e por tentar minar o processo parlamentar".

Com sua renúncia, o ex-primeiro-ministro conservador evitou uma punição dos colegas da Câmara dos Comuns.

Ao anunciar a renúncia, Johnson afirmou que havia recebido uma carta do comitê parlamentar e denunciou uma "armação política", apesar de a comissão de investigação ser integrada em sua maioria por membros de seu próprio partido.

Johnson insistiu nas críticas nesta quinta-feira. Ele chamou o comitê de "antidemocrático" e o acusou de ser "a facada final em um assassinato político prolongado.

O objetivo do comitê era determinar se Johnson mentiu de maneira intencional ao Parlamento quando afirmou que as restrições contra a pandemia de covid-19 haviam sido respeitadas durante as festas celebradas em Downing Street durante os confinamentos de 2020 e 2021.

O ex-chefe de Governo foi obrigado a renunciar em julho de 2022 após um acúmulo de escândalos, incluindo o "partygate".

Apesar dos muitos problemas, Johnson, que conservou o cargo de MP, ainda tem muita influência entre os conservadores.

 

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