Colômbia

Familiares celebram melhora de crianças resgatadas da selva; veja imagens

Tios e tio-avô dos quatro irmãos que sobreviveram por 40 dias perdidos na floresta amazônica relatam recuperação das crianças, que começam a ingerir alimentos sólidos. Família enviou ao Correio fotos das crianças tiradas um dia após o resgate

Rodrigo Craveiro
postado em 14/06/2023 21:47 / atualizado em 14/06/2023 22:40
Em ordem: Cristina Neriman, 1 ano, Tien Noriel, 5, Soleiny Mucutuy, 9, e Lesly Mucutuy, 13.
 -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Em ordem: Cristina Neriman, 1 ano, Tien Noriel, 5, Soleiny Mucutuy, 9, e Lesly Mucutuy, 13. - (crédito: Material cedido ao Correio)

Enquanto cuidava dos quatro sobrinhos no Hospital Militar de Bogotá, Damaris Mucutuy, 18 anos, falou ao Correio, por telefone, às 19h de quarta-feira (14/6), (hora de Brasília). "Graças a Deus, eles estão bem. Já estão se recuperando. Não estão mais como antes", afirmou. "Os médicos estão hidratando-os com soro, mas começaram a comer alimentos sólidos, como arrozinho, verduras e um caldinho, algo assim. Também estão conversando perfeitamente." A família enviou ao Correio fotos tiradas das crianças no sábado (10/6), um dia depois do resgate. Confira: 

  • Cristin Neriman, 1 ano Cortesia da Família
  • Tien Noriel, 5 anos Cortesia da Família
  • Soleiny Mucuty, 9 anos Cortesia da Família
  • Lesly Mucutuy, 13 anos Cortesia da Família

De acordo com a tia, a previsão de alta de Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien (4) e Cristin (1) é para daqui a um mês. Amanhã, completará uma semana do resgate dos quatro irmãos da selva amazônica da região de Guaviare. "Estamos esperando que se recuperem para falarem sobre os 40 dias na selva. Eles disseram algumas coisas, mas não comentaremos, pois acreditamos ser algo pessoal", disse. Damaris revelou que a família levou ao hospital algumas pinturas e deu aos quatro irmãos lápis de cera e papel para que possam desenhar. "Eles desenharam umas árvores, uma casinha e um menino perto de um rio. São paisagens bonitas", descreveu.

 O tio-avô Fidencio Valencia — irmão de Maria de Fátima Valencia, avó das crianças — também relatou ao Correio que "os meninos estão bem, em recuperação". "Temos visto uma mudança. Ao menos, ganharem uma corzinha. Nós nos escalamos em turnos para cuidar deles", comentou. "Estão bem, graças a Deus. Eles já estão comendo e fazem um pouquinho de carinha boa. Mas isso é um processo. Tudo em seu devido tempo. Também estão escrevendo e desenhando. Estão desenhando e pintando bonecos mais do que tudo." Ao ser questionado pela reportagem sobre os supostos maus-tratos cometidos por Manuel Ranoque contra os filhos, Fidencio respondeu: "Isso é um problema dele, ele mesmo dirá isso". "Eu só quero saber as crianças, do bem-estar delas e que tenham uma vida linda e com tranquilidade."

Dairo Juvenal Mucutuy Valencia, tio dos meninos, relatou à reportagem que Lesly e Soleiny "evoluem muito bem". "Estão sob acompanhamento de um nutricionista. Eles podem comer farinha e uma massa mandioca com arepa. Estamos todos muito contentes com a recuperação."

Enquanto a família comemora a recuperação dos irmãos, o Exército colombiano mantém ativada a chamada Operação Esperança, que levou ao resgate. O cão farejador Wilson, pastor-belga-malinois que rastreou pistas deixadas pelas crianças, está desaparecido desde 6 de junho, quando foi visto pela última vez por Juan Sebastián Sora Tafur, guia canino voluntário da Defesa Civil da Colômbia e integrante das equipes de busca. Ontem, Juan Sebastián contou ao Correio que novas estratégias foram adotadas nas últimas horas na procura pelo cão. "As equipes estão usando duas cadelas no cio. O odor que elas liberam é muito forte. A ideia é acionar um dos instintos básicos do cachorro, o da reprodução. Então, o objetivo é deixar uma espécie de rastro desse odor para atrair Wilson aos grupos de militares que estão na selva. As cadelas entram na mata, acompanhadas dos soldados, para que Wilson se aproxime e seja recuperado."  

 

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