Três convidados da festa do Orgulho LGBTQ+ realizada na Casa Branca, no último sábado (10/06), foram proibidos de participar de futuros eventos depois de posar de topless no gramado.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, descreveu o comportamento como "inaceitável" e "injusto" em relação aos outros.
Rose Montoya, mulher trans, influenciadora e advogada, foi uma das convidadas banidas após postar um vídeo nas redes sociais.
Em resposta, Montoya disse que fazer topless em Washington era legal — e que ela não tinha intenção de ser vulgar.
Ela postou um vídeo de 58 segundos do evento na Casa Branca, no qual aparece de topless em uma das cenas, com as mãos sobre o peito, ao lado de dois homens trans sem camisa.
"Estamos fazendo topless na Casa Branca?", alguém fora do alcance da câmera pergunta.
Na terça-feira (13/06), Jean-Pierre declarou: "Foi injusto com as centenas de participantes que estavam lá para celebrar suas famílias".
"Esse comportamento é inapropriado e desrespeitoso para qualquer evento na Casa Branca. Não reflete o evento que organizamos para celebrar as famílias LGBTQI+ ou as outras centenas de convidados presentes", acrescentou.
"Os indivíduos no vídeo não vão ser convidados para futuros eventos."
O vídeo publicado também mostra o presidente americano, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, falando no palco e depois cumprimentando Montoya.
Após a repercussão online, Montoya compartilhou um vídeo no TikTok em que questiona por que seu peito agora é visto por alguns como inapropriado quando, segundo ela, antes de se assumir como transgênero, não era.
"Meus amigos homens trans estavam exibindo suas cicatrizes da cirurgia nos seios e vivendo com alegria, e eu queria me juntar a eles", ela disse. "E, porque está perfeitamente dentro da lei de Washington DC, decidi me juntar a eles e cobrir meus mamilos só por cautela."
No vídeo, com a legenda "free the nipple" ("liberte o mamilo", em tradução literal), ela acrescentou: "Eu estava simplesmente vivendo minha alegria e minha verdade e existindo no meu corpo".
Centenas de convidados compareceram ao evento, que a Casa Branca disse ser a maior festa do Orgulho LGBTQ + já realizada na residência oficial e principal local de trabalho do presidente dos EUA.
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