PERU

Indígenas cercam e retêm embarcações petroleiras na Amazônia peruana

Um grupo de indígenas reteve duas embarcações que fazem o transporte de petróleo pelo rio Amazonas no Peru até o Brasil

Agência Estado
postado em 09/06/2023 17:35
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

Um grupo de indígenas reteve duas embarcações, uma com 40 mil barris de petróleo, da empresa canadense PetroTal, em um rio da Amazônia no Peru, informou na quinta-feira, 8, um representante da companhia. "No momento, temos duas barcaças, uma delas de bandeira brasileira, com tripulação brasileira, e a outra é peruana. Ambas estão sendo mantidas contra sua vontade, configurando um caso de sequestro", disse José Luis Medina, gerente de sustentabilidade da PetroTal, ao canal TV Peru.

"O que mais preocupa é que uma das barcaças contém 40 mil barris de petróleo, o que pode representar um grande risco e perigo para o impacto ambiental da região", afirmou Medina.

A empresa operadora do Lote 95, na região de Loreto (nordeste), informou que seguidores da Associação Indígena de Desenvolvimento e Conservação de Bajo Puinahua (Aidecobap) mantêm as duas embarcações retidas desde a terça-feira (6) no rio Puinahua, no distrito de mesmo nome, em Loreto.

As duas fazem o transporte de petróleo pelo rio Amazonas até o Brasil, para exportação, a partir do campo de produção da PetroTal em Loreto.

Os indígenas interditam as embarcações e 12 pessoas de suas tripulações com pequenas canoas e ataques com coquetéis molotov, segundo a empresa.

A PetroTal afirma que o protesto dos indígenas busca "coagir a empresa e o Estado a atenderem à sua agenda particular, que é contrária aos consensos e à vontade da maioria da população do distrito de Puinahua".

A Aidecobap se opõe à aprovação do regulamento de administração do Fundo de Desenvolvimento para o distrito de Puinahua, no qual a PetroTal contribui com 2,5% de sua produção para o desenvolvimento de projetos em benefício de toda a população.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.