Um navio de guerra da China invadiu a rota de um destróier — navio de combate de alta velocidade — dos Estados Unidos e forçou a embarcação norte-americana a reduzir a velocidade para evitar uma colisão. O incidente ocorreu no sábado (3/6), no estreito de Taiwan, mas o vídeo da “quase batida” só foi divulgado pela Marinha dos EUA nesta segunda-feira (5/6).
O destróier estadunidense USS Chung-Hoon realizava manobras junto com uma fragata do Canadá quando a embarcação chinesa cortou a rota do navio norte-americano, ficando a 140 metros de distância um do outro. De acordo com a Marinha dos Estados Unidos, não foi necessário desviar o caminho do destróier, mas ele precisou reduzir a velocidade para cerca de 18km/h. O navio de guerra canadense não sofreu interferências.
NEW The view from the @USNavy destroyer as it's cut off by a Chinese warship in the Taiwan Strait pic.twitter.com/f5KGQfxSkv
— luis martinez (@LMartinezABC) June 5, 2023
Após o incidente, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a China está se tornando mais agressiva contra os militares norte-americanos e que, se continuar assim, “não demorará muito para que alguém se machuque”.
A Casa Branca considerou a manobra do Type 052D como “insegura”. “Não havia absolutamente nenhuma necessidade de o PLA [Exército de Libertação do Povo] agir de forma tão agressiva quanto agiu”, avaliou Kirby, durante coletiva de imprensa da Casa Branca, na segunda-feira (5/6).
“Isso é parte integrante de um nível crescente de agressividade dos militares da RPC, particularmente na área do Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China”, continuou o porta-voz. Essa não foi a primeira vez que a China interferiu em manobras norte-americanas. No final de maio, um avião militar chinês fez uma interferência considerada “desnecessariamente agressiva”, contra uma aeronave de vigilância norte-americana que sobrevoava o Mar do Sul da China, ficando a 120 metros de distância.
Kirby comentou durante a coletiva que esse tipo de interceptações são comuns, mas não com a agressividade em que foi demonstrada pelo exército chinês. “Esses dois que você viu recentemente, e eles aconteceram com mais frequência do que gostaríamos, nem todos são inseguros e pouco profissionais, mas esses dois eram”, pontuou. A china não se pronunciou sobre os incidentes.
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