Lisboa — Grupos de direitos humanos e contra o racismo, a homofobia e a xenofobia vão se reunir neste sábado (3/6), a partir das 17h (horário local), na capital de Portugal, em manifestação a favor dos brasileiros Luís Almeida, 30 anos, e Jefferson Tenório, 29. Os dois foram agredidos brutalmente na madrugada de 22 de maio por seguranças do bar Titanic Sur Mer.
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As agressões começaram depois Luís, que havia estado no estabelecimento por horas, decidiu voltar para usar o banheiro. Um segurança o empurrou, Jefferson tentou defendê-lo e deu-se início a uma sessão de pancadaria que, por pouco, não acabou em morte. A prima de Luís, Cinara, que estava com eles, também levou um soco no rosto.
A violência foi tamanha, que os dois brasileiros tiveram de ser levados para o hospital. Jefferson foi submetido a uma cirurgia para reconstruir o nariz. Ele levou murros e pontapés por todo o corpo. Os seguranças tentaram afogá-lo no rio Tejo, que passa nos fundos do Titanic. Pouco mais de uma semana após a agressão, os brasileiros ainda não conseguiram retomar a rotina. Com medo, saíram Lisboa para se recuperarem. Deixaram para trás os empregos, o que resultou em dificuldades para bancar todas as despesas. O custo de vida em Portugal disparou. Felizmente, as famílias e os amigos dos rapazes têm lhes dado suporte.
Os organizadores da manifestação garantem que o ato será pacífico, mas com cobranças firmes de autoridades portuguesas para que o caso não fique impune. Historicamente, as forças de segurança do país europeu tendem a agir com descaso quando as vítimas de violência são brasileiras. “Não podemos ser tratados como bandidos”, diz Jefferson, que mal consegue articular as palavras por conta da agressão que sofreu. A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi acionada para acompanhar os protestos.
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