O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou, nesta segunda-feira (29/5), que vai dissolver o Parlamento e convocar novas eleições gerais. Segundo ele, a decisão será tomada por causa das eleições municipais e regionais que ocorreram no domingo (28/5). O Partido Socialista, do premiê espanhol, alcançou 28,1% dos votos nas eleições municipais e foi derrotado pelo Partido Popular. A legenda de oposição se tornou o partido mais votado, com 31,5%.
"Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular", disse Sánchez, em discurso nesta manhã. De acordo com o premiê, as novas eleições ocorrerão no dia 23 de julho. Pelo calendário comum, o pleito deveria ocorrer no final do ano.
"A Espanha está a ponto de superar uma etapa de crises derivadas da emergência da covid-19 e também da guerra na Ucrânia. Encaramos um momento claro de crescimento, de criação de emprego e de coesão social", afirmou o primeiro-ministro.
Avanço da direita
O Partido Socialista perdeu o comando das prefeituras de Sevilha e de Barcelona. As eleições municipais e regionais foram vistas como um teste da força política do premiê Pedro Sánchez, que é chefe de governo na Espanha desde 2018. Ele enfrenta alguns problemas que causaram desgaste, como a inflação elevada no país e queda no poder de compra dos espanhóis.