O ex-candidato à presidência Paraguayo Cubas, que denunciou uma fraude após ter ficado em terceiro lugar nas eleições do Paraguai do último domingo (30/4), foi detido nesta sexta-feira (5), de forma preventiva, sob acusações de perturbação da tranquilidade pública. Líder da extrema-direita no país, ele é chamado de "Bolsonaro do Paraguai" por ser um admirador e seguidor do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
Cubas não resistiu à prisão, feita na cidade de San Lorenzo, arredores de Assunção. Ele foi detido na sede do Agrupamento Especializado da Polícia, informou o comissário Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional.
A prisão preventiva de Cubas, ex-legislador de direita e antissistema, foi realizada por ordem do Ministério Público. Entre terça (2) e hoje (5), as forças de ordem prenderam mais de uma centena de apoiadores do político, líder do movimento Cruzada Nacional, sob as mesmas acusações.
Cubas, um advogado de 61 anos, havia pedido a seus apoiadores, por meio das redes sociais, que não reconhecessem o resultado das eleições, vencidas pelo economista Santiago Peña, do governista Partido Colorado (conservador).
Peña obteve 42,7% dos votos, contra 27,4% de seu principal rival, Efraín Alegre, da coalizão de centro-esquerda Concertación Nacional. Cubas ficou com 22,9% dos votos.
As eleições, presidenciais, legislativas e de governadores, foram observadas por missões da Organização dos Estados Americanos e da União Europeia.
"Matar brasileiros bandidos"
Em 2019, Paraguayo Cubas teve o mandato cassado por "uso de influências", agressão física e incitação à violência. Payo chegou a dizer que queria a morte de 100 mil brasileiros, que segundo ele seriam "bandidos", durante uma ação policial em fazenda.
Com informações de AFP.