Guia que escalou o Monte Everest 28 vezes relata os perigos das aventuras

Kami Rita Sherpa fez história, em 23 de maio, ao alcançar o cume do Everest, a montanha mais alta do mundo, pela 28ª vez. Em breve entrevista, ele falou sobre a façanha que o colocou no Guiness, o Livro dos Recordes

Rodrigo Craveiro

postado em 31/05/2023 15:23 / atualizado em 31/05/2023 16:15

(crédito: Nisha Bhandari/AFP)

Aos 53 anos, o nepalês Kami Rita Sherpa não se cansa de alcançar o topo do mundo. Em 23 de maio passado, ele chegou ao cume do Monte Everest pela 28ª vez e bateu o próprio recorde estabelecido seis dias antes. Enfrentar os 8.849m da montanha mais alta do planeta faz parte da rotina de Kami, que trabalha como guia na Cordilheira do Himalaia. A façanha que o colocou no Guiness, o Livro dos Recordes, foi celebrada com um bolo. Nesta quarta-feira (31/5), oito dias depois de fazer história, Kami Rita falou com exclusividade ao Correio, em meio a uma agenda lotada de compromissos.

Quando o senhor alcançou o topo do Everest pela primeira vez e qual foi sua reação naquele momento?
Minha primeira chegada ao topo do Monte Everest ocorreu em 13 de maio de 1994. Ficar de pé no topo da maior montanha do mundo foi uma nova sensação para mim.

O que representa o Everest para o senhor e por que a montanha o atrai tanto?
Não se trata tanto de uma atração, mas mais de meu trabalho. Com a ajuda de Deus, tenho sido capaz de conquistar algumas coisas.

Quais foram os maiores perigos que o senhor enfrentou na subida?
Sempre há perigos na minha ocupação. Ninguém sabe quando uma avalanche vai ocorrer ou quando o tempo vai mudar.

O senhor alguma vez teve medo de morrer lá em cima?
Eu sei da dificuldade do meu trabalho. Embora eu tema a morte, este é meu trabalho e eu me preparo para fazê-lo.