As autoridades italianas anunciaram que mais de 23 mil pessoas no noroeste do país continuam desabrigadas nesta segunda-feira (22/5), cerca de uma semana depois de chuvas torrenciais que provocaram enchentes e mataram 14 pessoas.
A maioria dos deslocados está com familiares ou amigos, entretanto, aproximadamente 2.700 foram realocados em hotéis, escolas, academias e outros centros, detalharam as autoridades da região de Emilia-Romagna.
Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas nesta região com 4,5 milhões de habitantes. Cerca de 20 rios transbordaram devido às chuvas, que causaram deslizamentos de terra.
A água também cobriu vastas áreas agrícolas e destruiu plantações. Embora a limpeza tenha começado em várias áreas, muitas permanecem inundadas.
As autoridades tentaram restabelecer a conexão à internet dos hospitais, administrações e escolas nesta segunda-feira.
Além das perdas humanas, esta região - uma das mais ricas da Itália - sofreu estragos econômicos que ainda não podem ser quantificados.
Mais de 600 ruas seguem interditadas nesta segunda-feira e a região calculou que serão necessários 620 milhões de euros (cerca de US$ 670 milhões, ou R$ 3,32 bilhões na cotação atual) para recuperar a rede rodoviária.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, retornou antes do previsto da cúpula do G7, no Japão, para visitar algumas das áreas mais atingidas.
O esperado é que Meloni realize uma reunião de gabinete na terça-feira, na qual poderá desbloquear fundos de emergência destinados à região.
Vários grupos privados prometeram fundos para ajudar na recuperação da região, inclusive o gigante franco-italiano de automóveis Stellantis, que prometeu um milhão de euros (R$ 5,36 milhões). A Fórmula 1 e a Ferrari também ofereceram, cada um, o mesmo valor.
O grupo francês de luxo LVMH, que engloba as marcas italianas Bulgari e Fendi, e a Kering, dona da Gucci, também fizeram doações sem especificar o valor.
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