Às margens da cúpula do G7, que acontece neste final de semana em Hiroshima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira, 19, com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, que destacou ao petista a importância do trabalho conjunto da comunidade internacional pela paz e pela estabilidade.
A declaração do premiê japonês se dá em meio à pressão de líderes ocidentais para o Brasil abandonar a neutralidade e tomar o lado da Ucrânia na guerra contra a Rússia, assim como fazem todos os países do G7. Lula participa da cúpula em Hiroshima na condição de convidado. No domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, estará no Japão e pediu um encontro com o petista, que ainda não confirmou.
O encontro de Lula e Kishida foi reservado e a imprensa teve acesso apenas aos primeiros minutos. Ao premiê japonês, o presidente agradeceu a "gentileza" pelo convite para o G7 e brincou que o país asiático fica "um pouco longe do Brasil". "Nós passamos quase 26 horas dentro de um avião", disse Lula ao primeiro-ministro. "Mas eu precisava vir aqui para conversar e estreitar relações", acrescentou.
Lula lembrou que o Brasil tem uma grande comunidade japonesa e recebe muitos investimentos de empresários do país asiático. "Há a possibilidade de Brasil e Japão estabelecerem relação mais produtiva, não apenas do ponto de vista comercial, mas cultural, político, de ciência e tecnologia", declarou o petista.
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