COLÔMBIA

Governo colombiano muda versão e diz não saber paradeiro de crianças perdidas

Segundo as novas informações, os quatro irmãos (de 13, 9 e 4 anos e um bebê de 11 meses) continuam desaparecidos após um acidente aéreo. O presidente colombiano já tinha dito, de forma equivocada, que as crianças tinham sido encontradas

Correio Braziliense
postado em 19/05/2023 15:00
Esta foto divulgada pelo Exército Colombiano mostra o avião que caiu na floresta em uma área rural do município de Solano, departamento de Caquetá, Colômbia -  (crédito: Colombian Army / AFP)
Esta foto divulgada pelo Exército Colombiano mostra o avião que caiu na floresta em uma área rural do município de Solano, departamento de Caquetá, Colômbia - (crédito: Colombian Army / AFP)

Após o presidente Gustavo Petro anunciar que três crianças e um bebê de 11 meses foram encontradas com vida na floresta amazônia da Colômbia e o Instituto Bem-Estar Familiar afirmar que os sobreviventes estariam em uma aldeia indígena, o governo colombiano apresentou uma nova versão sobre o caso e disse não saber exatamente onde as crianças estão.

“Quem dera soubéssemos onde estão as crianças. Por isso estamos em operação de busca. A Operação Esperança (como foi batizada a mobilização que procura pelos sobreviventes) está nos dando luzes", declarou Astrid Cáceres, diretora do Instituto Bem-Estar Familiar, à rádio colombiana Caracol.

Segundo a nova informação, os irmãos, de 13, 9 e 4 anos e o bebê de 11 meses continuam desaparecidos, após a queda da aeronave em que viajavam na Amazônia colombiana. Três adultos, incluindo o piloto e a mãe das crianças, morreram e os corpos já foram encontrados. Mais de 100 soldados buscam os menores e seguem pistas que sugerem a possibilidade de que haja ao menos um sobrevivente, de acordo com o Exército.

Segundo o avô das crianças, Fidencio Valencia, elas "estão acostumados com a floresta", mas podem ter se escondido, por medo, após o acidente. "Queremos ver ou encontrar as crianças. Sei que estão há muito tempo na floresta. Com o apoio de todas as pessoas, energia indígena e orações, podemos", disse Valencia ao telejornal Noticias Caracol.

Árvores de até 40 metros, animais silvestres e a chuva forte dificultavam as buscas. Indígenas de povos vizinhos uniram-se aos trabalhos de resgate. Paralelamente, a Força Aérea se juntou à chamada "Operação Esperança", com três helicópteros que sobrevoam a floresta densa.

Um dos helicópteros carregava um alto-falante "capaz de cobrir uma área de cerca de 1.500 metros" com uma mensagem gravada pela avó das crianças. Na língua huitoto, a mulher disse aos netos que estavam procurando por eles e pediu que não continuassem avançando pela floresta.

Desencontro de informações

Após anunciar que as crianças tinham sido encontradas com vida, o presidente Gustavo Petro se desculpou, na quinta-feira (18/5), por ter compartilhado informações equivocadas. "Sinto muito pelo que aconteceu. As Forças Armadas e as comunidades indígenas continuarão em sua busca incansável para dar ao país a notícia que tanto espera. Neste momento não há outra prioridade senão avançar com a busca até encontrá-los. A vida das crianças é o mais importante", escreveu no Twitter.

Com informações da AFP*

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