Lisboa — Um brasileiro de 32 acusa a polícia de Portugal de violência decorrente de racismo e xenofobia. Leonardo Ferreira afirma que foi agredido depois de ser abordado ao chegar em casa, em Livramento, Mafra. Ele havia saído, por volta das 11h da manhã, para comprar comida para a família. O carro, no entanto, não tinha o seguro obrigatório e ele estava sem carteira de habilitação.
O veículo do brasileiro foi seguido por policiais. Quando chegaram ao local onde o rapaz morava, exigiram que ele apresentasse uma série de documentos, inclusive sobre o que ele fazia quando estava no Brasil. Mandaram, ainda, que ele fizesse o teste do bafômetro. Leonardo apresentou a documentação e fez o teste. Os agentes da Guarda Nacional Republicana (GNR) disseram que ele teria de seguir para a delegacia.
Como o brasileiro se recusou a ir ao posto policial, os agentes chamaram outra viatura, com mais dois fardados. Testemunhas dizem que eles já chegaram agredindo Leonardo com socos e cassetetes. O rapaz ficou com hematomas na cabeça, no pescoço, no ouvido. Ele foi atendido em um hospital, depois, levado para o tribunal, onde um juiz decidirá se ficará preso ou não.
Questionada, a GNR disse que o resultado do bafômetro mostrou que Leonardo havia consumido uma quantidade alta de álcool, contrariando a lei. Ao ser informado de que deveria de seguir para a delegacia, o brasileiro teria agredido um agente. Mas familiares do rapaz ressaltam que ele só se defendeu da violência da qual foi vítima. E asseguram que a polícia só agiu com truculência porque Leonardo é negro.
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