Kerry diz querer trabalhar com Lula sobre clima; Biden está focado na Ucrânia

Abordado por jornalistas, enviado para o clima dos Estados Unidos, John Kerry, disse estar ansioso para trabalhar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra Marina Silva

Vicente Nunes - enviado especial

postado em 05/05/2023 12:48 / atualizado em 05/05/2023 12:55

(crédito: Ludovic Marin/AFP)

Londres — Despojado, sem seguranças, como um cidadão normal, apenas com um livro na mão, o enviado para o clima dos Estados Unidos, John Kerry, deixou o hotel em que está hospedado tentando não chamar a atenção. Passos largos, aproveitava o momento de folga para desfrutar da beleza da capital inglesa. Abordado por jornalistas, disse estar ansioso para trabalhar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em torno de questões climáticas.

“Estou focado no clima e, obviamente, o presidente Lula tem um papel muito importante nisso, e estamos ansiosos para trabalhar com ele e com Marina Silva e com toda a equipe”, afirmou Kerry. “Acho que o presidente (Joe) Biden fez alguns anúncios muito importantes alguns dias atrás sobre recursos ao Fundo da Amazônia e apoio ao Brasil. Então, vamos manter o foco”, acrescentou. Os Estados Unidos prometeram destinar US$ 50 milhões ao fundo, valor considerado tímido pelo governo brasileiro.

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Kerry ressaltou, porém, não ter ideia se a questão ambiental estará presente em conversas de líderes mundiais com o rei Charles III, que será coroado neste sábado (06/05). “Tudo é possível, mas acho que as pessoas estão aqui para celebrar a coroação. Mas quem sabe? Tenho certeza de que haverá conversas, mas não posso começar a dizer o que pode ou não acontecer”, enfatizou.

Biden não participará da cerimônia de coroação de Charles III. De acordo com Kerry, o presidente norte-americano decidiu permanecer nos EUA pois está focado na Ucrânia, que foi invadida pela Rússia, num conflito que dura mais de um ano. As tensões aumentaram nos últimos dias, pois o governo russo alega que Moscou foi atacada por drones. Para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, os Estados Unidos estão por trás dessas operações.

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