O presidente colombiano Gustavo Petro pediu a renúncia de todos os seus ministros e, pela segunda vez em oito meses no cargo, decidiu reordenar o gabinete. A decisão gerou incertezas, afirmam analistas e dirigentes políticos que reagiram à decisão do chefe de Estado de repensar a sua gestão e formar um "governo de emergência".
- Atentando na Colômbia põe em risco negociações de paz no país
- Colombianos protestam contra reformas do presidente Gustavo Petro
A medida foi tomada depois que três dos partidos do governo no Congresso - o Partido Liberal, o Partido Conservador e o Partido Social de Unidade Nacional - não apoiaram a reforma da saúde proposta pelo Petro. "A coalizão política acordada por maioria terminou hoje devido a decisões de alguns presidentes de partidos", escreveu Petro no Twitter na noite de ontem. Horas antes, o presidente havia dito na rede social que o governo de emergência "deve ser instalado agora".
O ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos (2010-2018) disse em entrevista à Blu Radio que "se você muda constantemente de ministros, não há continuidade e não há progresso".
O advogado constitucionalista Juan Manuel Charry antecipou à Associated Press que o presidente Petro deverá formar um governo com ideias de esquerda mais radicais. "Um governo com minorias no Congresso, que vai passar por um momento muito difícil, que vai reclamar muito", definiu.