Ao menos 41 pessoas, incluindo 24 civis, morreram, neste domingo (16), na Síria, em dois ataques atribuídos ao grupo Estado Islâmico (EI) contra catadores de trufas e pastores.
O grupo jihadista "matou 36 pessoas no domingo quando coletavam trufas no deserto, no leste de Hama", informou o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdem Rahman, detalhando que 17 delas eram combatentes pró-regime.
O balanço anterior do OSDH, uma ONG sediada no Reino Unido e dotada de uma extensa rede de informantes na Síria, era de 31 mortos. A agência oficial de notícias Sana, por sua vez, contabilizou 26 óbitos.
Em outro incidente, também neste domingo, cinco pastores morreram na região síria de Deir Ezzor, no leste, segundo o Observatório. Dois pastores foram sequestrados, acrescentou a organização.
A agência Sana também registrou cinco mortes, destacando que os atacantes abriram fogo contra o rebanho, matando 250 ovinos.
Desde fevereiro, mais de 240 pessoas, a maioria civis, foram mortas pelo Estado Islâmico ou por minas que os extremistas deixaram para trás, segundo o OSDH.
A trufa do deserto, que é colhida entre fevereiro e abril, é vendida por até US$ 25 (R$ 124) o quilo na Síria. No país, o salário mínimo mensal é de aproximadamente R$ 18 (em torno de R$ 89).
Em março de 2019, o EI perdeu seus últimos territórios na Síria após uma campanha militar apoiada por uma coalizão internacional sob comando dos Estados Unidos.
No entanto, o grupo sunita ultrarradical continua presente no deserto e realiza ataques regularmente.