O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, acusado em seu país de corrupção e lavagem de dinheiro, se entregou na manhã de ontem às autoridades americanas para iniciar seu processo de extradição ao Peru, informaram as autoridades na Califórnia. Toledo, de 77 anos, se apresentou às 9h15 locais (13h15 em Brasília) em um tribunal federal de San José e ficou à disposição do Serviço de Delegados dos Estados Unidos (US Marshals). Em Lima, a procuradora do caso, Silvana Carrión, estimou que, "em dois ou três dias", o ex-presidente será enviado ao Peru em um voo comercial. O político, que governou o Peru de 2001 a 2006, deixou sua residência em Menlo Park acompanhado de sua advogada e sua esposa, Eliane Karp. Uma ampla comitiva de meios de comunicação o aguardava desde cedo na entrada do edifício federal Robert F. Peckham, onde ele deveria se entregar. O ex-presidente, no entanto, conseguiu despistar os jornalistas e entrou discretamente por outro lugar. Toledo é acusado em Lima no âmbito do caso Odebrecht, mas sempre negou as acusações e apresentou várias petições para impedir a extradição que o Peru tentava desde 2018 e que os Estados Unidos autorizaram em fevereiro.
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