Portugal

De olho na Otan, Embraer produzirá aviões Super Tucano em Portugal

A meta é que as aeronaves sejam fabricadas dentro dos parâmetros exigidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 21/04/2023 15:08 / atualizado em 21/04/2023 15:11
 (crédito: AFP / ROSLAN RAHMAN)
(crédito: AFP / ROSLAN RAHMAN)

Lisboa — A Embraer vai produzir e fazer manutenção dos aviões de defesa Super Tucano em parceria com a empresa portuguesa Ogma, informou a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Portugal. A meta é que as aeronaves sejam fabricadas dentro dos parâmetros exigidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O anúncio oficial da parceria deverá ser feito na segunda-feira, 24 de abril. A companhia, que tem ações cotadas em Bolsa de Valores, não comenta.

A perspectiva é de que também o presidente Lula anuncie acordo envolvendo os aviões KC-390, produzido pela Embraer em território luso, abrindo uma porta importante para a União Europeia. O cargueiro é hoje um dos principais produtos de exportação da empresa brasileira, que, segundo a ministra da Ciência e Tecnologia, é referência no mercado de aviação. “Estamos falando da terceira maior fabricante de aviões do mundo, tanto de defesa quanto comercial. A Embraer, que já foi estatal e hoje é privada, é estratégica, um patrimônio brasileiro. Vamos cada vez mais agregar valor”, destacou.

A ministra ressaltou ainda que a Embraer já tem acordo com o Ministério da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para desenvolver pesquisas e novos produtos no setor de aviação. Isso tem contribuído para que a empresa avance em pesquisa e desenvolvimento. Tais inovações são muito valorizadas no mercado europeu

O presidente Lula, que escolheu Portugal para iniciar uma série de visitas a países europeus — ele irá à Espanha em seguida —, também assinará acordos e memorandos de entendimento no setor aeroespacial com Portugal. Luciana Santos destacou que os projetos são bem mais abrangentes do que o assinado recentemente com a China, que se restringe a satélites. “Com Portugal, será um acordo mais amplo, com troca de experiência, construção de satélites, plataformas multiuso, foguetes, veículos espaciais. O entendimento envolve todas as cadeias tecnológicas. Será uma cooperação muito rica, de pesquisas, desenvolvimento.

“Temos infraestrutura para isso. Temos a Base de Alcântara, com grande potencial de lançamento de veículos aeroespaciais”, disse a ministra, ressaltando a importância da volta da cúpula Brasil-Portugal, que não ocorre desde 2016. “Vamos tratar de interesses comerciais e institucionais”, frisou.

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