GEOPOLÍTICA

Em Havana, chanceler russo critica sanções dos EUA contra Cuba

Cuba tem uma velha relação com Moscou, desde os anos 60, quando entrou no bloco de países socialistas liderado pela então União Soviética

Agência Estado
postado em 21/04/2023 09:52 / atualizado em 21/04/2023 09:53
 (crédito: FABRICE COFFRINI)
(crédito: FABRICE COFFRINI)

O chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, chegou a Cuba nesta quinta-feira, 20, última parada de seu giro pela América Latina. Em Havana, ele condenou as sanções dos EUA contra a ilha, que durante a Guerra Fria era fiel aliada de Moscou.

Ao lado do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, Lavrov criticou os americanos por tentarem "impor sua vontade ao mundo". Em retribuição, Rodríguez condenou o que chamou de "aspirações expansionistas" da Otan e as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.

Dependência

Cuba tem uma velha relação com Moscou, desde os anos 60, quando entrou no bloco de países socialistas liderado pela então União Soviética. Nas décadas seguintes, o governo cubano recebeu importações fundamentais para sua sobrevivência, como fertilizantes, equipamentos industriais, peças de reposição e petróleo, em troca de açúcar.

Hoje, Rússia e Venezuela são fornecedores de petróleo de Cuba, que passa por uma grave crise energética. Além disso, há duas semanas, os bancos cubanos começaram a aceitar pagamentos com cartões MIR, um sistema de pagamento russo que permite que os turistas convertam rublos em pesos cubanos.

Isolamento

A viagem de Lavrov pela América Latina serviu para demonstrar que a Rússia não está isolada no cenário internacional. O chanceler passou por Brasil e Venezuela, onde se reuniu com o presidente Nicolás Maduro.

Antes de chegar a Cuba, Lavrov passou pela Nicarágua e esteve com o ditador Daniel Ortega, na quarta-feira. Os dois também criticaram as sanções americanas. O ditador nicaraguense foi ainda mais longe, culpando o governo americano por deflagrar uma "terceira guerra mundial".

"São os EUA e a Europa que estão utilizando a Ucrânia para encontrar uma maneira de fazer a Rússia desaparecer", afirmou o ditador da Nicarágua. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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