Sudão

"Nosso desejo é voltar para nossa família", desabafa brasileiro no Sudão

Matheuzinho, meia do Al-Merreikh e ex-atleta do Vila Nova e do Atlético Goianiense, relatou ao Correio o drama enfrentado em Omdurman, a 18km de Cartum, capital do Sudão, País está imerso em combates entre grupo paramilitar e tropas do Exército

Rodrigo Craveiro
postado em 18/04/2023 19:50 / atualizado em 18/04/2023 20:16
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Ex-jogador do Vila Nova e do Atlético Goianiense e atleta do Al-Merreikh, clube de futebol na cidade de Omdurman, a 18km de Cartum, o meia brasileiro Matheus Cotulio Bossa, 30 anos, o Matheuzinho, relatou o clima de tensão no Sudão. "Nós despertamos, no sábado, com bombas, tiros, caças, mísseis. Fomos pegos de surpresa. Está bem tenso aqui, difícil de dormir e de as pessoas resolverem nossos problemas", contou. "É um momento de tristeza , de guerra. Nosso desejo é voltar para o nosso país e nossa família".

Desde a manhã de sábado (15/4), confrontos entre o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) e o Exército sudanês deixaram quase 200 mortos e 1.800 feridos. Matheuzinho e outros oito brasileiros estão retidos no país e pedem ajuda do Itamaraty para deixarem o Sudão o quanto antes. Quatro hospitais foram atingidos durante os combates, mais intensos na região do quartel-general do Exército sudanês, do palácio presidencial e do Aeroporto Internacional de Cartum. 


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