A investigação sobre a morte da brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, que caiu do sexto andar de um edifício em Buenos Aires, na Argentina, teve um novo desdobramento revelado. De acordo com a autópsia, Emmily estaria sobre efeito de um entorpecente no dia da morte.
Segundo o jornal argentino Clarín, que obteve acesso ao documento da autópsia, Emmily teria usado "tuci", uma droga popularmente conhecida como "cocaína rosa". A droga é feita com duas substâncias, um estimulante que é derivado da metanfetamina, e um alucinógeno, normalmente a cetamina.
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O caso tem várias linhas de investigação tanto sobre a possibilidade de Emilly ter caído por acidente ou ter sido jogada de forma intencional. O principal suspeito é o proprietário do apartamento onde ela estava na noite do ocorrido. Francisco Saenz Valiente permanece preso preventivamente.
Ainda segundo o Clarín, o homem nega que tenha oferecido drogas à Emmily e também para as outras três mulheres que estavam no apartamento dele naquela noite. Os quatro citados negaram uso de qualquer tipo de droga e álcool na data.
Na versão dos fatos de Francisco, a brasileira teria se jogado do sexto andar durante um surto psicótico.
Apesar da autopsia, o pai de Emmily contesta a versão de que drogas foram encontradas no sistema da filha. Ao Clárin ele afirmou que : "Essa parte que identifica a presença de substâncias consumidas por Emmily não. Teve o resultado apenas dos acusados". Ele acompanha as investigações na Argentina.
Versão de suspeito e das testemunhas se contradizem provas, diz advogado
De acordo com novas informações sobre o caso reveladas nesta segunda-feira (17/4) pelo Clarín, análises da cena do crime refutam alguns pontos dos depoimentos de Francisco e das outras três mulheres que testemunharam o caso.
Segundo o portal argentino, a polícia encontrou preservativos e um kit de lingerie erótica, o que indicaria que houveram atos sexuais dentro do apartamento. As testemunhas e o suspeito afirmaram que nada havia ocorrido.
Ao que se sabe, duas das testemunhas deixaram o apartamento mais cedo deixando a terceira testemunha com Francisco e Emmily. Essa terceira testemunha foi a única que esteve presente até a queda de Emmily do sexto andar.
Para o advogado que representa a família da brasileira, a descoberta de camisinhas e do kit de lingerie corrobora com a ideia de que as testemunhas entraram em contradição. "Se as testemunhas que saíram antes não viram nenhuma atividade sexual, devemos entender que foi quando ficaram Francisco e Juliana (terceira testemunha) que se usou preservativo e se levanta a questão de por que eles não relataram isso nem em depoimento, nem na investigação", questionou o advogado ao portal Telám.
Vale lembrar que Emmily foi encontrada nua por policiais e pelo Corpo de Bombeiros, que foram acionados por vizinhos que escutaram gritos. Há a possibilidade de que ela também tenha sido agredida e por isso pediu por socorro.
O caso segue sendo investigado pela polícia argentina.
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