O teste de um "novo tipo" de míssil balístico, provavelmente abastecido com combustível sólido, tecnologia há anos almejada pela Coreia do Norte, aumentou a tensão na Península Coreana e atraiu fortes críticas dos EUA. "A Coreia do Norte parece ter lançado novo tipo de míssil balístico, possivelmente de combustível sólido", afirmou o Estado-Maior Conjunto de Seul. Até o momento, todos os mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) conhecidos da Coreia do Norte eram de combustível líquido. Os projéteis de combustível sólido são mais fáceis de armazenar e de transportar. Mais estáveis, também se destacam pela facilidade de lançamento e pela dificuldade na detecção por parte de sistemas de defesa antiaérea.
Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que os EUA "fortemente condenam a República Popular Democrática da Coreia pelo teste com um míssil balístico de longo alcance". "O presidente e sua equipe de segurança nacional avaliam a situação, em coordenação com nossos parceiros e aliados. Esse lançamento é uma violação descarada das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e, desnecessariamente, aumenta as tensões e os riscos de desestabilização da situação de segurança na região", afirma a nota.
Ainda segundo o texto, a ação demonstra que a Coreia do Norte continua a priorizar suas armas de destruição em massa ilegais e programas de mísseis balísticos sobre o bem-estar de sua população. "A porta não se fechou para a diplomacia, mas Pyongyang deve cessar imediatamente suas ações desestabilizadoras e, em vez disso, escolher o engajamento diplomático. Os EUA tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança da pátria norte-americana e dos aliados República da Coreia (ou Coreia do Sul) e Japão."
Em um desfile militar em Pyongyang, em fevereiro, a Coreia do Norte exibiu um número recorde de mísseis balísticos intercontinentais e nucleares, incluindo alguns que provavelmente eram novos ICBM de combustível fóssil, afirmaram analistas. O Exército sul-coreano afirmou que detectou um míssil balístico "de médio ou longo alcance" lançado em uma trajetória elevada (para cima e não para fora) da área de Pyongyang. O projétil, disparado às 7h23 de ontem (19h23 de quarta-feira em Brasília), voou 1 mil quilômetros antes de cair no mar.
O Japão, que acionou um sistema de alerta por alguns minutos e recomendou que os moradores da Ilha de Hokkaido procurassem abrigo, afirmou que o projétil não caiu dentro de seu território e não ameaçou seus cidadãos. Aliada de Kim Jong-un, a China, por sua vez, limitou-se a criticar o papel "negativo" dos Estados Unidos na região.
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